Os parlamentares petistas Geraldo Simões (BA) e Vanderlei Siraque (SP) usaram a tribuna da Câmara nesta quinta-feira (5) para elogiar a exposição feita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na comissão geral da Câmara que discutiu o Programa Mais Médicos. Eles destacaram também a importância do programa para milhares de famílias que vivem nos rincões do país.
“É um programa importante. Só podem ficar contra, aqueles que tiraram da saúde do Brasil, 40 bilhões de reais por ano, quando extinguiram a CPMF”, comentou Geraldo Simões.
Lembrou Simões que o Brasil carece de médicos. O parlamentar utilizou dados do Ministério da Saúde que comprovam essa realidade. Para ele, o país não pode continuar com a média de 1,83 médicos por cada mil habitantes. Ele lembrou que esse índice fica abaixo dos registrados na Argentina (3,2) e Uruguai (3,7).
“Esse programa consiste também em aumentar a formação de médicos para o Brasil e, ao mesmo tempo, trazer médicos de outros países para juntar os médicos nacionais e atender à população brasileira”, afirmou Simões.
Ele ressaltou que nos últimos 10 anos foram implementadas medidas significativas nessa área. Nesse período, explicou, dentre as ações contidas no programa Mais Médicos, está a contratação de R$ 7,4 bilhões para construção de hospitais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de unidades básicas de saúde.
“Como podemos ver, a situação da saúde da população brasileira vai mudar em curto prazo”, observou.
Já o deputado Vanderlei Siraque rebateu as críticas dos deputados da oposição que argumentaram que os médicos vindos de outros países não sabem falar a língua portuguesa. “Oque interessa é falar a língua da saúde, a língua do povo. E a língua do povo não tem fronteiras. Saúde e ciência não têm fronteiras”, ressaltou Siraque.
Para ele, a presidenta Dilma e o ministro Padilha estão cumprindo o que reza a Constituição no artigo 196 ao instituir a saúde como um direito de todos e dever do Estado. Ele disse que causam “estranheza” os argumentos dos que dizem que a lei não está sendo cumprida. “A lei não está sendo cumprida quando existem 700 municípios no Brasil sem nenhum médico sequer”, ponderou.
Benildes Rodrigues