Petistas elogiam decisão de Dilma de nomear Amorim para Ministério da Defesa

Guimaraes_Tatto_ZaraParlamentares do PT elogiaram hoje a decisão da presidenta Dilma Rousseff de nomear o ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa, no lugar de Nelson Jobim.

 

O líder Paulo Teixeira (SP) qualificou como “brilhante” a escolha e sublinhou que há uma grande afinidade entre Dilma e Amorim, já que trabalharam juntos no governo do ex-presidente Lula.

” Celso Amorim é muito preparado, é um diplomata com grande experiência governamental, ficou oito anos no Ministério de Relações Exteriores e conhece profundamente as questões internacionais e os temas vinculados à soberania nacional. É um funcionário público exemplar e respeitadíssimo”, disse o líder.

Na opinião do líder, o próprio Jobim pavimentou o caminho para sua demissão, com declarações polêmicas envolvendo integrantes do governo Dilma. “Sua saída já era esperada”, comentou. Paulo Teixeira disse que não haverá problemas no relacionamento com o PMDB, partido da base e ao qual Jobim é filiado.

O vice-líder do Governo na Câmara, José Guimarães (CE), também qualificou a nomeação de Celso Amorim como positiva. “Foi a escolha certa para o lugar certo. Celso Amorim é um nome de excelência no Itamaraty, que conhece como ninguém a política externa brasileira, e, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, resgatou a imagem do País no mundo”.

Na opinião do parlamentar, o ex-chanceler reúne as melhores condições para atuar no novo cargo e dar prosseguimento ao Plano Estratégico de Defesa Nacional, que tem como eixos principais a reestruturação das Forças Armadas e da indústria do setor.

José Guimarães não se surpreendeu com a demissão de Nelson Jobim, que já vinha assumindo publicamente posições críticas ao governo federal . “Havia um distanciamento, falta de diálogo entre ele e o governo. A saída de Jobim do Ministério da Defesa foi a melhor solução para evitar uma crise e não vai afetar em nada a aliança do governo com o PMDB, a qual tem como fundamento a governabilidade do país”, disse.

Para o deputado Jilmar Tatto (SP), a decisão da presidenta Dilma foi acertada, pois “Nelson Jobim não fazia parte do projeto estratégico do governo, de mudanças no país. Além da experiência como diplomata, Celso Amorim acredita no projeto iniciado em 2003 pelo ex-presidente Lula e que agora tem continuidade com a presidenta Dilma”.

Tatto frisou que Amorim tem capacidade de diálogo com as Forças Armadas, além de não ter nenhum viés ideológico, como alegam alguns setores da mídia e da oposição.

Já o deputado Carlos Zarattini (SP) ressaltou o trabalho “positivo” realizado pelo ex-ministro Nelson Jobim na implementação da Estratégia de Defesa Nacional e na aprovação , pelo Congresso, de projetos de interesse do setor, voltados ao desenvolvimento tecnológico brasileiro, entre eles, o do desenvolvimento e construção de submarinos nucleares.

Zarattini reconheceu, entretanto, a existência de dificuldades políticas para a permanência de Jobim no cargo. Em sua opinião, a escolha de Celso Amorim dá continuidade à política que vem sendo implementada na área de defesa. “É um setor estratégico, de interesse do Estado, não de partidos políticos”. Zarattini ironizou a reação da oposição à escolha de Celso Amorim: “Falar em viés ideológico é mania da oposição de querer colocar gosto ruim em tudo”.

Ivana Figueiredo

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