Durante Comissão geral no plenário da Câmara, para debater a situação da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) disse que o Governo Temer investe na venda do patrimônio nacional. Dentre eles, denunciou, está a entrega dos Correios para o capital internacional. “Nós estamos intervindo para que os Correios continue sendo uma empresa pública estatal”, defendeu.
Para o deputado, o serviço postal em quase toda totalidade do mundo é estatal, é um direito do cidadão, obrigação do estado fornecer e arcar com os custos. “O número de inscritos atendidos saltou de 32 mil para 40 mil e a disponibilidade de representação nas comunidades carentes representa desenvolvimento econômico para seus cidadãos”, afirmou.
“A população não quer a privatização, a nossa luta será sempre em defesa da soberania nacional e das empresas públicas de qualidade e da valorização de milhares de trabalhadores brasileiros que formam essa grande rede de cidadania que se chama Correios do Brasil”, enfatizou Monteiro, presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Correios.
Na avaliação do deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), os Correios têm a missão de garantir a universalização da correspondência postal no Brasil. “Queremos fortalecer essa empresa e o parlamento brasileiro dará sua contribuição”, afirmou.
Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) lembrou que a história do Brasil começa com uma carta enviada por Pedro Vaz de Caminha e, após mais de 500 anos, devemos ter orgulho em ter construído algumas instituições que são referência positiva, entre elas a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. “Em nome do PT quero dizer que estamos posicionados por um correio cem por cento público e estatal que cumpra sua missão diante do povo brasileiro. É a única instituição do Brasil que está presente em vários lugares ao mesmo tempo e não podemos aceitar o fechamento de agências e o fim de serviços como o banco postal”, enfatizou .
Para o deputado Zé Geraldo (PT-PA), os Correios correm o risco de ser entregue ao capital estrangeiro internacional, se não tivermos uma mobilização nacional. “Vamos fazer uma grande mobilização e conscientização para que o governo busque a melhor forma de fazer com que o nosso correio seja cada vez mais forte e não enfraquecido”, disse.
Na avaliação do deputado Décio Lima (PT-SC), os Correios não podem ser submetidos ao mercado e às regras do mercado mas, sim, aos valores País. “Devemos defender os Correios como patrimônio do nosso Brasil e entender o que ele representa também na expressão de valores, para que a gente não erre no processo de recuperação dessa empresa que tem 350 anos de história. Defender os Correios é defender o povo brasileiro”, disse.
“Pode vir o que vier e os Correios, com seus profissionais, vão continuar muito firmes. Não é à toa que as maiores empresas do mundo lidam com as correspondências. Por isso, defender os Correios é compromisso de cada um de nós. Uma instituição como o Correios deve ser preservada dessas tempestades políticas e de corrupção que estão acontecendo agora”, recomendou o deputado Vicentinho (PT-SP).
Na comissão geral o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o ex-deputado Guilherme Campos, afirmou que a privatização não é desejo do governo, mas disse que, se nenhuma das iniciativas em curso para recuperação da empresa der certo, pode ser alternativa.
Layla Andrade, estagiária, com PT na Câmara