Petistas destacam “novo tempo” para países emergentes com novo Banco de Desenvolvimento

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Deputados petistas destacaram ontem, mesmo dia em que presidentes de países da América do Sul participaram da última sessão da 6ª Cúpula do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a aproximação do bloco com o continente e a importância da criação do novo Banco de Desenvolvimento, anunciada na quinta-feira (15) em Fortaleza. A iniciativa diminuirá a dependência de países em desenvolvimento de outros organismos multilaterais, como o Fundo Monetário Mundial (FMI).

A deputada Benedita da Silva (PT-SP) lembrou na tribuna que houve um tempo na história recente do País que o Brasil vivia praticamente “de joelhos diante do FMI” e que muitas vezes participou de manifestações pedindo o fim do pagamento da dívida externa e da ingerência do organismo internacional. “Esse tempo já passou. E aqui estamos nós, vivendo um novo tempo e um novo ciclo, que se materializa na perspectiva, conforme as palavras do presidente Putin (Rússia), de uma nova ordem mundial policêntrica, onde não há mais espaço para a hegemonia e o protagonismo de um único bloco de países”, afirmou a deputada.

O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) também destacou o sucesso da reunião dos BRICS e a criação do novo banco.  “A ideia de se fazer trocas entre esses cinco países, em moeda dos países, é uma alternativa que se coloca hoje no cenário mundial. O Brasil como protagonista no cenário internacional. Estão de parabéns a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, que iniciou esse processo. Mais uma vez, o Brasil protagoniza e pontua no cenário internacional”, avaliou.

Para o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), a criação de um banco de investimentos para financiar a infraestrutura é uma vitória dos países chamados emergentes, bem como é um avanço a constituição de um fundo para proteção das economias nacionais contra a instabilidade do sistema financeiro internacional. “Com essa política afirmativa, esses países assumem a vanguarda do crescimento econômico mundial. Os ‘emergentes’ estão no centro de um projeto político de revisão de todas as formas de governança em escala mundial”, concluiu Bittar.

Mídia – O deputado Antonio Carlos Biffi (PT-MS), ao falar sobre a relevância da reunião dos BRICS, criticou a forma como a imprensa brasileira subdimensiona a consolidação do BRICS, mesmo o bloco tendo se tornado um dos principais no cenário econômico mundial. “O bloco já anunciou a criação de um banco de desenvolvimento exclusivo com fundo emergencial de US$ 100 bilhões para projetos de infraestrutura e de desenvolvimento entre as cinco economias emergentes e, juntos, já somam um quinto do PIB global e 40% da população mundial. O papel e a imagem da presidenta Dilma, como articuladora desse grupo incomoda muita gente aqui no Brasil, que se inicia em determinados setores da mídia e chega à oposição”, disse o deputado.

O deputado Edson Santos (PT-RJ) também ressaltou o viés negativo explorado pela mídia acerca da presidência do novo banco, que caberá inicialmente à Índia. “Ora, o Brasil, de fato, poderia querer a presidência do banco já. Mas optou por preservar o acordo que permitiu sua instalação imediata. Como explicou a presidente Dilma Rousseff, a Índia propôs a criação do banco e nada mais justo que fique com a presidência. Ficamos com a direção executiva e assumiremos a presidência geral em cinco anos, quando a estrutura estiver mais madura”, detalhou.

“A criação de um Banco de Desenvolvimento e de um fundo de contingência capitaneados pelos BRICS é uma iniciativa muito importante, porque cria oportunidade para países em desenvolvimento se organizarem em outro cenário econômico, sem que fiquem reféns do Banco Mundial e do FMI”, afirmou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).

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