O deputado Nilto Tatto (PT-SP), coordenador do Núcleo Agrário da Bancada do PT na Câmara, defendeu nesta quarta-feira (27) a articulação de um grande movimento, envolvendo entidades ambientais, movimentos sociais e povos tradicionais com o objetivo de impedir retrocessos na legislação de proteção ao meio ambiente. A declaração aconteceu durante o relançamento da Frente Parlamentar Ambientalista, no auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. O parlamentar, também ex-presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara, representou a Bancada do PT na mesa diretora do evento.
“O atual governo coloca a agenda ambiental como subalterna aos interesses econômicos, principalmente do agronegócio, e essa Frente tem o papel de defender o meio ambiente dentro um modelo econômico e social sustentável. Nessa luta, temos que incorporar os nossos parceiros, que são os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e sem-terra, na luta em defesa da biodiversidade do País”, afirmou.
Conforme o deputado João Daniel (PT-SE), “a Frente Parlamentar Ambientalista tem, neste momento, um papel muito importante que é a defesa das terras indígenas, quilombolas, dos posseiros, para que não possamos perder um palmo de terra conquistada e para lutarmos pela demarcação das demais áreas que não foram ainda demarcadas.”
Durante o relançamento da Frente também foram discutidos os impactos ambientais causados pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG) e analisados os resultados da expedição realizada pela Fundação SOS Mata Atlântica por 305 km da região afetada pela tragédia.
O evento contou ainda com a presença de representantes da WWF-Brasil, Greenpeace e Articulação dos Povos Indígenas (APIB), além de parlamentares da bancada petista, como Bohn Gass (RS), Rogério Correia (MG) e Alencar Santana (SP).
Héber Carvalho