Deputados da bancada do PT manifestaram-se na Tribuna em defesa da diplomacia brasileira pelo tratamento dado ao presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, que encontra-se na embaixada do Brasil naquele País. Para o líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), o Brasil está atuando diplomaticamente para que o presidente volte ao cargo. “Estamos abrigando um presidente que foi eleito pelo voto popular”, afirmou o líder.
Fontana criticou parte da oposição que tem dito que a Embaixada do Brasil “serve para que Zelaya faça comícios”. Segundo o líder, a diplomacia brasileira “tem compromisso com a democracia e com a integridade física do presidente eleito. O problema é que houve um golpe de Estado em Honduras. Essa é a questão”, ponderou.
O líder do governo destacou ainda que a comunidade internacional rechaça o golpe no país da América Central. Na Assembléia da Organização das Nações Unidas (ONU), lembrou, o presidente Lula defendeu a soberania dos países e condenou golpes contra regimes democráticos. Para Fontana, parcela da oposição no Brasil faz críticas à postura do governo Lula, mas o que deveriam condenar é o golpe de Estado.
O deputado Pedro Wilson (PT-GO) também criticou a mídia brasileira afirmando que “a cobertura jornalística no Brasil está dando foco equivocado ao tema e formando uma interpretação errada na sociedade”. A imprensa de Honduras está sendo censurada por aquele País.
Na avaliação do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), é importante que todas as nações do mundo civilizado e a ONU tenham a compreensão da gravidade do momento, evitando qualquer atentado ao território brasileiro soberano em Tegucigalpa “É isso que se espera. Não admitimos qualquer ameaça à nossa soberania”, disse Biscaia.
Já o deputado Nilson Mourão (PT-AC) elogiou a firmeza com que o presidente Lula tem conduzido a questão. “Suas palavras, seus gestos e seus atos são um exemplo para o mundo inteiro”, disse. Ele acrescentou “que é preciso que o mundo saiba e que o nosso continente tenha clareza de que não se admitem mais, são intoleráveis, golpes de estado, grupos políticos que queiram assumir o poder pela força. Não é possível”, ressaltou. A deputada Janete Pietá (PT-SP) informou que há pelo menos 16 mortos, dezenas de hospitalizados e um “campo de concentração” foi montado em Honduras.