A sexualidade na infância e na adolescência, papel de gênero e bullying foi o tema do 9º Seminário Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais realizado nesta terça-feira (15), na Câmara dos Deputados. O evento – com o lema Respeito à diversidade e à tolerância- foi organizado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias e de Educação e Cultura.
Durante o evento, o presidente da Comissão de Educação, Newton Lima (PT-SP), reafirmou o compromisso da Câmara na luta pelos direitos humanos e da educação brasileira com o respeito à diversidade e à tolerância. Ele defendeu, inclusive, que o Plano Nacional de Educação (PNE-PL 8035/10), do Executivo, que está sendo discutido na Casa estabeleça “a inclusão, a diversidade e a tolerância” como princípios norteadores do sistema educacional brasileiro.
Newton Lima elogiou, ainda, a posição “progressista” e “corajosa” do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em defesa do casamento das pessoas do mesmo sexo. A expectativa dele é que a posição do presidente norte-americano traga “reflexos positivos para o resto do mundo” e que o Brasil aperfeiçoe cada vez mais a legislação para garantir o direito à diversidade sexual no País.
Na avaliação da deputada Erika Kokay (PT-DF), que integra a Frente Parlamentar Mista de Direitos Humanos da Criança e do Adolescente, “as expressões de gênero” das crianças e dos adolescentes devem ser respeitadas, principalmente no ambiente escolar. Segundo a parlamentar, “eles têm de ter o direito à liberdade, à singularidade e a expressar todas as formas de afetividade. Nossos meninos e meninas não precisam se curvar à heteronormalidade”, destacou Erika Kokay, que defendeu, ainda, a “retomada imediata” do projeto “Escola sem Homofobia” pelo governo da presidenta Dilma.
Marcha – A III Marcha Nacional contra a Homofobia acontece nesta quarta-feira (16), em Brasília. O evento faz parte das celebrações do dia 17 de maio, Dia Internacional de Combate à Homofobia. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), por meio do seu coletivo LGBT, lançou a campanha “Educação sem Homofobia”, por entender que o combate à discriminação e à violência contra os homossexuais é um passo imprescindível para a construção de um país mais tolerante e igualitário.
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Ivana Figueiredo