Foto: Gustavo Bezerra
Em pronunciamento feito na tribuna da Câmara na terça-feira (5), os deputados Fernando Ferro (PT-PE) e Amauri Teixeira (PT-BA) condenaram o massacre do povo da Palestina imposto pelo exército de Israel. O conflito que já dura cerca de um mês já matou quase duas mil pessoas (maioria mulheres e crianças), deixou cerca de nove mil feridos e 520 mil pessoas desalojadas, segundo as agências de notícias internacionais.
“Condenamos veementemente o massacre de inocentes palestinos pela máquina de guerra do fascismo do governo israelense. Isso nós não podemos assistir nem aceitar. Não confundo a luta histórica do povo judeu com o atual procedimento do governo fascista de Israel”, asseverou Fernando Ferro.
O petista disse ainda que ao analisar o conflito que ocorre entre as duas regiões, é necessário fazer a separação entre o direito da existência do Estado de Israel e a “ação criminosa” praticada pelo atual Governo de Israel contra inocentes palestinos. Fernando Ferro condenou também o que ele classificou de “ato terrorista” praticado pelo Hamas (grupo palestino que controla a Faixa de Gaza).
“Sabemos que o Hamas usa o terrorismo como uma das suas manifestações políticas. Eu condeno isso. Eu não acho que o terrorismo seja uma forma adequada de fazer política”, observou.
De acordo com o parlamentar pernambucano, a humanidade não pode aceitar crime de guerra praticado contra inocentes palestinos. “Nós sabemos que o caminho é a existência de dois Estados naquela região. Se Israel tem direito a um Estado, a Palestina também tem direito ao seu, e é exatamente por isso que se busca um encontro político para atenuar aquela crise”, avaliou.
O deputado Amauri Teixeira compartilhou da mesma opinião e destacou a posição do Conselho de Segurança da ONU que, segundo ele, vem exigindo de Israel e da Palestina um “cessar-fogo humanitário imediato e incondicional”.
Amauri destacou também a posição do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que, de acordo com ele, alertou para a situação “crítica” vivida pela população da Faixa de Gaza, vítima de ataque em massa lançado por Israel.
Amauri Teixeira frisou que após a reunião do Conselho, o representante palestino na ONU, Riyad Mansur, lamentou que o órgão não tivesse sido capaz de aprovar uma resolução para condenar a “agressão” israelense e exigir o cessar-fogo.
Benildes Rodrigues