Foto: João Abreu
Em sessão solene em homenagem aos 30 anos de lutas pela terra no Brasil, nesta segunda–feira (17), deputados da bancada do PT na Câmara subiram à tribuna para relembrar os muitos anos de luta do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em todo o País. A celebração também contou com a presença de lideranças de movimentos de luta pela terra, militantes do MST e apoiadores da reforma agrária.
O propositor da sessão de homenagem, deputado Valmir Assunção (PT-BA), que também é fundador do MST na Bahia e assentado, parabenizou os apoiadores dos sem terra. “Nesses 30 anos de história tivemos mais de 90 mil famílias acampadas, resistência em 23 estados, mais de 10 cooperativas. E, um dado fundamental, somos o maior produtor de arroz orgânico do País e o segundo maior produtor de leite da região Sul”, afirmou.
Segundo o deputado Valmir Assunção, o MST é muito maior do que a luta pela terra. “Nós lutamos pelo crédito, saúde, educação, cidadania e produção sustentável. Assim, boa parte dos assentados e acampados puderam voltar a sonhar e acreditar em si próprio. Quero registrar o apoio aos organizadores do campo e da agricultura familiar”, reiterou o deputado Valmir Assunção.
Para a deputada Erica Kokay (PT-DF) o movimento colocou na agenda nacional a necessidade da reforma agrária. “A lona preta tem o objetivo de dizer que o acesso à terra precisa ser universalizado. Devemos continuar a luta para desmontar o latifúndio e democratizar o acesso a terra no país”, disse.
De acordo com o coordenador geral da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF), Marcos Marcos Rochinscki, as lutas sociais têm muita inspiração em tudo que foi realizado em defesa dos agricultores familiares. “O MST, há trinta anos, teve o papel de liderar o movimento de luta pela terra e por política agrícola. Muitas das políticas conquistadas como crédito, incentivo do cooperativismo da agro-industrialização deve-se à participação deste movimento”, resumiu.
O deputado Marcon (PT-RS) disse que os 30 anos de luta do MST foram um resgate da cidadania. “Esse movimento surgiu para que o povo pobre tivesse direito à dignidade. Essa luta do MST com as entidades, universidades e outros países só fortaleceu o movimento.” O deputado Fernando Ferro (PT-PE)asseverou que só existe MST porque poucos têm muita terra e muitos não têm onde plantar. “Isso fez surgir uma luta que faz parte dos lutadores que fazem parte da história desse País”, concluiu.
Késia Paos
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