O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta (RS), e a deputada federal Margarida Salomão (PT-MG) protocolaram um pedido de informações junto ao Ministério da Saúde solicitando ao titular da pasta, Ricardo Barros, explicações sobre a aplicação da vacina fracionada da febre amarela. No documento os parlamentares pedem esclarecimentos sobre o prazo de oito anos estipulado pelo governo para a validade dos efeitos da vacina. Eles lembram que notícias veiculadas pela imprensa apontam que a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que a validade seria de apenas um ano.
Sobre a importância do pedido de informações, os parlamentares petistas justificam que o país atravessa um grave cenário de surto de febre amarela silvestre em várias regiões do país e que as dúvidas em relação ao prazo do efeito da vacina precisam ser esclarecidas. O documento lembra ainda que o governo pretende iniciar nos próximos dias a campanha de vacinação em alguns estados, adotando as doses fracionadas.
No pedido, os parlamentares fazem as seguintes perguntas:
- Qual o estoque de vacinas contra febre amarela hoje no Brasil e qual quantidade populacional pode atender?
- Quais laboratórios (públicos e privados) estão autorizados a produzir a vacina no Brasil?
- Houve mudanças no fornecimento da vacina no último ano?
- Qual capacidade de produção da vacina atualmente?
- Como o governo está tratando a análise por parte da OMS da proposta de fracionamento das doses da vacina? (Conforme matérias mencionadas).
Outro lado – O ministro da Saúde tem declarado em várias entrevistas à imprensa que o fracionamento das doses da vacina foi a única opção encontrada para atender à demanda.
Héber Carvalho