Petistas apontam incompetência do governo como causa do desemprego que atinge 13,1 milhões de brasileiros

Parlamentares do PT criticaram nesta quarta-feira (30), pelas redes sociais, a falta de ação do governo para conter o crescimento recorde do desemprego no País. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado hoje, o desemprego no Brasil subiu para 13,8% em julho – no trimestre encerrado em julho -, a maior taxa registrada para o período desde 2012, atingindo 13,1 milhões de pessoas. Os dados da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do IBGE, apontam ainda que o País perdeu 7,2 milhões de postos de trabalho em apenas três meses de pandemia.

Pelo Twitter, a presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ressaltou que além do cenário econômico não sinalizar para uma melhora nos índices de emprego o governo Bolsonaro ainda quer adotar medidas ainda mais recessivas. “IBGE sugere cenário bem ruim para a economia e mercado de trabalho. Desemprego segue em forte alta, o menor número de pessoas trabalhando, mais desalentados e subutilizados, indicando que desemprego real pode ser maior. O que o governo vai fazer? Ajuste fiscal e reformas retirando direitos?”, lamentou.

Além do recorde no índice de desemprego, a pesquisa do IBGE aponta ainda que a população ocupada no País encolheu 8,1% no trimestre terminado em julho, recuando para 82 milhões. O número é o menor da série histórica do levantamento, e indica 7,2 milhões de pessoas ocupadas a menos do que o registrado no trimestre anterior, encerrado em fevereiro. O nível de ocupação das pessoas em idade de trabalhar também caiu para 47,1%, o menor da série histórica da pesquisa.

Outro dado catastrófico da pesquisa aponta para outro recorde: o de desalentados (pessoas que desistiram de procurar trabalho) e de subutilizados (que gostariam de trabalhar por mais horas se tivessem oportunidade). Os desalentados atingiram o patamar de 5,8 milhões de pessoas, com alta de 15,3% (771 mil pessoas) em relação ao trimestre encerrado em fevereiro. Já a população subutilizada, atingiu 39,9 milhões de pessoas, crescimento de 14,7% (mais 4,2 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Falta iniciativa

Também pelo Twitter, o líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que a taxa histórica de desempregados é reflexo da incompetência do governo em propor alternativas para assegurar os empregos em meio à crise causada pela pandemia da Covid-19. “Bolsonaro não fez nada para segurar empregos durante a pandemia. Que futuro tem um país que não cuida dos trabalhadores?”, indagou.

O líder Guimarães, em vídeo também postado nas redes sociais, ressaltou que a pandemia apenas agravou a situação ruim da economia do País, que já existia desde o ano passado. “Essa crise já estava posta em 2019. Quem não lembra que em 2019 o Brasil cresceu apenas 1,1%, com alto índice de desemprego e com o investimento público caindo de mais de R$ 100 bilhões para algo entorno de R$19 bilhões de investimento. Ou seja, é o investimento público junto com o investimento privado que gera emprego e renda para a população e recursos para os municípios”, observou.

Governo antipovo

Vários parlamentares do PT também lamentaram pelo Twitter o recorde de desemprego no País e culparam o governo Bolsonaro pelo fato. Ao repercutir os dados da pesquisa, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que a situação é “reflexo de um governo antipovo”.

Já o deputado Henrique Fontana (PT-RS) destacou que, enquanto o desemprego sobe “os 42 maiores bilionários do Brasil estão lucrando como nunca”. “Bolsonaro e Paulo Guedes (ministro da Economia) estão promovendo um programa de transferência de renda onde os pobres passam fome para que os multimilionários tenham mais alguns milhões em suas contas”, criticou.

O deputado Alexandre Padilha (PT-SP) ironizou as ideais defendidas por Bolsonaro para tentar evitar as demissões. “Ué, mas o Bolsonaro não tinha nos salvado do desemprego ao jogar todo o Brasil na pandemia defendendo o fim do isolamento e a continuidade das atividades econômicas?”, indagou.

Ao também comentar os dados do desemprego recorde no País, o deputado Rogério Correia (PT-MG) disse que não duvida de que o presidente Bolsonaro ainda tente se livrar dessa culpa. “Desemprego recorde neste trimestre e chega a 13,1 milhões. Mas não para aí, infelizmente: pois quer apostar que o assim chamado presidente vai fingir que não é com ele? Vai fugir da raia, vai ficar choramingando e vai tratar de arrumar culpados externos”, provocou.

 

Héber Carvalho

 

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