Foto: Salu Parente e Gustavo Bezerra/PT na Câmara
Os deputados petistas Dr. Rosinha (PR) e Luiz Couto (PB) ocuparam a tribuna da Câmara na última semana para acusar a oposição, e parte da mídia, de atacar a Petrobras com o intuito de “ressuscitar no País o discurso neoliberal”. Sustentado em números, os parlamentares rechaçaram a onda denuncista contra a estatal, destacaram os avanços experimentados pela Petrobras nos últimos dez anos e reafirmaram o sucesso experimentado pelo País em várias outras áreas com a política de fortalecimento do Estado como indutor do desenvolvimento.
Segundo Dr. Rosinha, a estratégia da oposição passa pelos recentes ataques à compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras. “A compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras não foi um negócio equivocado. Ela custou, ao todo, US$ 486 milhões e não US$ 1,18 bilhão; seu valor de aquisição, para a época foi abaixo da média de uma refinaria nos mesmos padrões; o negócio atendia ao planejamento estratégico da companhia, definido ainda no governo Fernando Henrique Cardoso”, explicou.
Ainda de acordo com Dr. Rosinha, a comprovação da lisura do negócio pode ser atestada pela aprovação unânime do Conselho de Administração da Petrobras integrada, entre outros, pelo presidente da Abril e ex-presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Barbosa; o presidente do Grupo Gerdau, Jorge Gerdau; e o presidente-acionista da Ambev, Cláudio Haddad. Como prova, ele citou ainda dados apresentados pelo ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli aos deputados da bancada do PT.
“O cálculo desmente que a empresa belga Astra Oil comprou a refinaria por US$ 42,5 milhões e tenha vendido a Petrobras por US$ 1,18 bilhão. Na verdade, a Astra, quando comprou, pagou US$ 326,5 milhões, e a companhia brasileira, quando adquiriu a refinaria, pagou US$ 486 milhões”, reiterou Dr. Rosinha.
Esse valor, segundo ele, é apenas 40% do valor de US$ 1,18 bilhão divulgado pela mídia e repercutido pela oposição. “O preço pago revela um índice de custo da refinaria de 4.860 dólares por barril de capacidade de processamento/dia, quando a média, à época, era bem acima de 9.734 dólares por barril, o que comprova que ela foi comprada abaixo do valor de mercado”, apontou.
Para o deputado Luiz Couto, os ataques e insinuações contra a Petrobras fazem parte de um grande jogada eleitoral para tentar desmoralizar o governo da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, o mesmo ocorre com as críticas dirigidas a programas e projetos do governo como o Mais Médicos, o Minha Casa Minha Vida, o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), e a transposição do Rio São Francisco, amparadas sempre em supostas correções, mas nunca avaliadas pelos enormes benefícios que produzem.
O parlamentar disse ainda que a mesma manipulação pode ser observada em relação à divulgação de notícias sobre o atual momento da economia brasileira. “Omitem, por exemplo, que em 2003, quando Lula da Silva assumiu a Presidência da República, a inflação estava acima de 12% ao ano e que nos governos de Lula e de Dilma, à exceção de 2003, a inflação anual não ultrapassou o teto da meta, por mais que se fale no preço sazonal do tomate de ouro”, ressaltou.
De acordo com Luiz Couto, por trás dos ataques à Petrobras e à Presidenta Dilma Rousseff está a tentativa da ressurreição do neoliberalismo no Brasil. “Não está em jogo para os liberais transformar petróleo em mais educação, mais saúde, mais tecnologia, mais cidadania ou submete-lo ao interesse da sociedade. Eles querem menos Estado e mais mercado. Porque assim orienta o deus-mercado, o deus da religião dos liberais”, finalizou.
Héber Carvalho