Petista quer proibir venda de bebida alcoólica perto de escolas

 

JESUSRODRIGUESA venda de bebida alcoólica pode ser proibida em um raio mínimo de 100 metros dos estabelecimentos de ensino. De autoria do deputado Jesus Rodrigues (PT-PI), a proposta foi incluída no relatório final dos trabalhos da comissão especial que estudou as causas e as consequências do consumo abusivo do álcool no País.

Vice-presidente da comissão, o parlamentar acredita que a proibição tem o papel pedagógico de conscientizar os jovens e as crianças sobre os perigos do consumo abusivo do produto.

“Uma criança que vai para escola e vê na porta do estabelecimento pessoas consumindo todo tipo de bebida alcoólica, passa a achar que aquilo é algo normal. A partir do momento que o comércio for proibido perto da escola, além de não estimular o consumo, as crianças e os jovens poderão compreender que o consumo do produto não é uma boa coisa para a saúde”, defende.

Jesus Rodrigues acredita que a aprovação da medida também conta com a aprovação dos pais dos estudantes. Segundo ele, a não existência de estabelecimentos que comercializam bebida alcoólica próxima às escolas, deixarão os pais mais tranquilos quanto à segurança de seus filhos.

“O consumo excessivo do álcool traz sérios problemas para a vida de milhares de pessoas, seja no relacionamento com a família, no trabalho, no trânsito, e principalmente para a saúde. Precisamos dar um novo rumo a nossa legislação que é muito permissiva sobre esse assunto”, destaca.

Pontos– O relatório do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP) também apresenta duas ações legislativas para reduzir o consumo do álcool entre os brasileiros. A primeira classifica como bebida alcoólica, as bebidas potáveis que contenham teor alcoólico igual ou superior a meio grau Gay-Lussac. Atualmente, a Lei 9294/06 restringe a propaganda apenas para as com teor maior que treze graus.

Já a segunda medida proíbe o consumo de bebida alcoólica em qualquer evento esportivo realizado no país.

“Ao propor a restrição à venda de bebidas, a comissão dá um passo importante para que a sociedade brasileira reflita sobre os malefícios do consumo excessivo desse produto que, apesar de lícito, não deixa de ser uma droga”, declara Jesus Rodrigues.

Heber Carvalho

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