A Comissão do Trabalho da Câmara aprovou, nesta semana, a iniciativa do deputado Prascidelli (PT-SP) de promover uma audiência pública para debater as ações do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) que, de forma arbitrária, mandou fechar 94 escolas estaduais. Para o deputado do PT, além do fechamento das unidades de ensino, o governo de São Paulo terá que explicar o plano que prevê o reagrupamento de alunos em um único ciclo escolar.
“É essencial promover um debate claro sobre os impactos do novo plano na vida de alunos, pais, professores e servidores do ensino estadual”, argumentou Prascidelli. De acordo com o petista, o debate vai contribuir para esclarecer uma decisão que, segundo ele, pode afetar cerca de 2 milhões de alunos e 20% de servidores e professores.
“Nas últimas semanas, acompanhamos no estado de São Paulo o anúncio de medidas de reestruturação das escolas estaduais, mas os dados sobre essa reestruturação não foram colocados abertamente pelo governo Alckmin”, criticou. Para ele, a proposta de reorganização escolar do ensino paulista “foi apresentada a partir da justificativa de um discurso pedagógico, mas o que vemos na prática são medidas impostas sob o autoritarismo e a unilateralidade”.
Foram convidados para debater o tema, o secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Jacobus Cornelis Voorwald; a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha; o coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara; e o presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores da Educação do Estado de São Paulo (Afuse), José Carlos Bueno do Prado.
Benildes Rodrigues, com assessoria parlamentar