O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) ocupou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (22) para defender a democracia e condenar a tentativa de golpe em curso no País contra o mandato legítimo e popular da presidenta Dilma Rousseff. Durante o pronunciamento o parlamentar afirmou que a presidenta “já mostrou que tem liderança e competência para superar os desafios” e manter o País no rumo certo, caminho iniciado em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O parlamentar mineiro lembrou ainda que representantes de vários partidos (PT, PMDB, PC do B, PP, PSD e Pros) assinaram, na semana passada, um manifesto em defesa da democracia e do mandato da presidenta Dilma. Segundo ele, no documento os signatários destacaram que o “cumprimento do mandato obtido legitimamente nas urnas significa, sobretudo, respeito ao voto popular, base de qualquer democracia digna desse nome”.
Ele destacou ainda que o texto lamenta que “forças políticas radicais, que exibem baixo compromisso com os princípios democráticos, venham se dedicando diuturnamente a contestar e questionar o mandato popular da presidenta Dilma”, disse.
“Em defesa do Estado Democrático de Direito, todos nós repudiamos qualquer tentativa de golpe. Não há qualquer base jurídica e legal para interromper um mandato legítimo, conquistado nas urnas com mais de 54 milhões de votos, expressando a vontade da maioria da população brasileira. A oposição tem todo o direito de fazer oposição e de tentar chegar ao poder, mas o caminho para o poder é pelo voto”, observou Monteiro.
Democracia- Durante seu discurso, o deputado lembrou ainda que o PT pode pedir respeito à democracia “pois ela sempre foi um valor cultivado nos 35 anos de existência do partido”. Segundo ele, esse respeito vigorou mesmo após as três derrotas sofridas nas urnas pelo então candidato Lula, antes de finalmente vencer as eleições em 2002.
O petista disse ainda que esse apreço pela democracia também é representado pelo sucesso das gestões petistas à frente de várias administrações, “demonstrando ser possível governar para todos, com prioridade para os mais pobres, de forma democrática e participativa, naquilo que chamamos de o modo petista de governar”.
O petista lembrou que os governos petistas de Lula e Dilma “procuraram conciliar uma política macroeconômica ortodoxa com uma política social fortemente inclusiva”.
“Mantendo o tripé de controle da inflação, taxa de juros e meta de superávit primário- agradando aos mercados-, tirando milhões de brasileiros da miséria e criando uma nova classe média, que passou a ter mais acesso aos bens de consumo”, afirmou.
Héber Carvalho
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