O deputado Renato Simões (PT-SP) afirmou nesta semana durante discurso na tribuna da Câmara que os ataques promovidos pela mídia e pela oposição ao governo Dilma são parte de um cenário de tentativa de retomada do neoliberalismo na América Latina. Ele lembrou que nos últimos 10 anos o mapa político da região mudou com a vitória de sucessivos projetos democráticos e populares, que hoje estão sob ataque dos defensores do projeto neoliberal.
“Alijado já há dois ou três mandatos da direção dos Estados Nacionais, esses representantes do projeto neoliberal vêm ameaçando o próprio processo democrático, para retomar as rédeas políticas dos seus respectivos países. Foi assim que nós tivemos golpes de Estado em Honduras e no Paraguai; tivemos eleições acirradíssimas na Venezuela, por duas vezes, com o Presidente Chávez e o Presidente Maduro; e, mais recentemente, o País cindido ao meio, nas eleições de El Salvador”, observou.
Ainda segundo Renato Simões, esse mesmo clima de enfrentamento pode ser esperado para ocorrer durante a próxima campanha presidencial no Brasil onde a oposição, segundo ele, “joga tudo para ganhar as eleições presidenciais e não perder os três principais Estados do País”.
“Pela primeira vez o PT apresenta candidaturas competitivas em São Paulo, em Minas e no Rio, esse triângulo das bermudas em que o PSDB se escorou durante tanto tempo para governar o Brasil com Fernando Henrique e para sabotar as reformas democráticas e populares da Presidenta Dilma”, explicou.
Apelo- O parlamentar fez ainda um alerta à militância das esquerdas para defenderem o legado dos governos petistas de Lula e Dilma, e as candidaturas que podem apoiar, após as eleições, “a continuidade das reformas democráticas e populares no Brasil”.
“É fundamental que o País avance, não retroaja, e que as reformas neoliberais que foram promovidas nos anos 90 não voltem. Portanto, defender a PETROBRAS, defender o nosso Governo, defender as nossas candidaturas e apresentar uma plataforma de avanços políticos e sociais é o centro que nós estamos identificando na presente conjuntura”, finalizou.
Héber Carvalho