A presidenta Dilma Rousseff (PT) abriu 22 pontos percentuais de vantagem sobre a segunda colocada nas pesquisas, a ex-senadora Marina Silva (sem partido), na intenção de voto para as eleições de 2014.
Segundo levantamento do Ibope, divulgado na quinta-feira (26) pelo jornal O Estado de São Paulo, Dilma cresceu de 30% para 38% desde a última pesquisa (realizada em julho). A popularidade do governo também subiu, atingindo 37% ante 31% verificado há dois meses. A sondagem, também do Ibope, foi encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta sexta-feira (27).
De acordo com esta última pesquisa, a confiança dos brasileiros na presidenta Dilma também cresceu, assim como o percentual dos que aprovam sua maneira de governar. O percentual de entrevistados que dizem “confiar” na presidenta passou de 45% em junho para 52% em setembro. Os que não confiam caíram de 50% para 43%. Já o percentual dos que aprovam a maneira de Dilma governar passou de 45% na pesquisa de julho para 54% no levantamento atual. O índice de quem desaprova caiu de 49% para 40% no levantamento atual.
Para o líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), os números mostram o acerto das políticas públicas implementadas pelo governo em resposta aos anseios da população. “As pesquisas retratam o resultado do incremento das políticas adotadas pelo governo da presidenta Dilma após as manifestações de junho. Naquela ocasião, houve um descontentamento generalizado contra todas as instituições, e o governo soube atender essas demandas ao aplicar programas, principalmente nas áreas de mobilidade urbana e saúde”, destacou.
Segundo Guimarães, hoje o sentimento de que “o País está no rumo certo” prevalece entre a população. “Temos excelentes índices na geração de emprego e renda, em um ambiente de inflação controlada. Por isso a oposição está desesperada e sem rumo, porque não tem outras propostas para apresentar ao País”, destacou. O líder petista disse ainda que o bom momento brasileiro se dá “em um contexto de crise econômica mundial”. “O crescimento brasileiro entre os Brics só é inferior ao da China. Mas em contrapartida, é maior que o verificado nos países europeus e nos Estados Unidos”, ressaltou.
Eleições – À exceção de Dilma, todos os outros pré-candidatos caíram na sondagem para as eleições presidenciais do ano que vem. Marina Silva (sem partido), que tinha 22% em julho, despencou para 16% na pesquisa atual. As intenções de voto em Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) também recuaram. Aécio passou de 13% para 11% e Campos, de 5% em julho para 4%.
Neste cenário, o percentual de eleitores que se declararam sem candidatos é de 31%. Dentre eles, 16% não souberam responder e 15% declararam que anulariam o voto.
O Ibope fez uma segunda simulação em que o ex-governador de São Paulo, José Serra, seria o candidato do PSDB. Nesse cenário, Dilma aparece com 37%, Marina surge com 16%, Serra soma 12% e Campos aparece com 4%. Nessa configuração, 30% afirmaram não ter candidato, sendo que 16% não souberam responder e 14% declararam voto nulo.
Em ambos os cenários, o percentual de Dilma é superior à soma de seus adversários, com chances de vitória no primeiro turno.
Héber Carvalho com agências
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR