Pesquisadora defende incremento da economia na região amazônica

PAdre_TONA Comissão da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara promoveu durante toda esta terça-feira (8), o 5º Simpósio da Amazônia, evento que abordou, dentre outros temas , a participação da educação no desenvolvimento sustentável e na geração de emprego e renda para a região.

Durante o evento a geógrafa brasileira, pesquisadora e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Bertha Becker, ressaltou a importância do incremento da economia para a preservação da Amazônia. Segundo ela, 72% da população amazônica vive em centros urbanos, portanto, a Amazônia não pode ser vista apenas como floresta, mas ‘floresta urbanizada’.

“Além dos recursos naturais abundantes, precisamos ter recursos organizados por instituições e capital social, ou seja, a interação dos grupos alinhados em torno de reivindicações comuns, caso contrário, não teremos geração de emprego e renda nas cidades”, disse.

O deputado Padre Ton (PT-RO), que integra o colegiado, concorda com as ponderações da pesquisadora que tem percorrido os estados da Amazônia e testemunhado a ocupação e a devastação da floresta.

“Temos que pensar no povo que vive na Amazônia, pensar na produção, no desenvolvimento sustentável e nas peculiaridades da região, já que interior e capital vivem realidades diferentes. Além da falta de emprego e renda, 80% dos municípios da região Norte não têm saneamento básico e, sem estradas, os alimentos ficam cada vez mais caros”, destacou.

Bertha Becker defendeu pontos para que a Amazônia se desenvolva e não continue refém dos desmatamentos. “A instituição do coração florestal é o primeiro passo para pensarmos na Amazônia de forma estratégica, com a participação de universidades e centros de pesquisas; a implantação de parques tecnológicos e a criação de uma instituição para prover o manejo, o aproveitamento e acabar com o roubo da madeira brasileira que vai para o Peru”, afirmou.

O ministro das Cidades, Mário Negromonte, também participou do evento. Ele reiterou a preocupação do governo da presidenta Dilma Rousseff com a preservação da Amazônia e do meio ambiente e a aprovação da Lei 11.445, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula em 2007, que regulamenta a universalização dos serviços de saneamento básico.

“Foram investidos mais de R$ 40 milhões em saneamento, no governo do ex-presidente Lula e serão quase R$ 50 milhões nos quatro anos do governo Dilma. A nossa meta é universalizar o saneamento básico no país em 20 anos. Além do governo federal, precisamos que a iniciativa privada, a sociedade organizada e os entes federados se esforcem para que esse projeto dê certo”, concluiu.

Ivana Figueiredo.

 

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