Pesquisa mostra queda na insegurança alimentar no Brasil e petistas destacam programas de inclusão social

PadreBENE

Entre 2009 e 2013, o percentual de domicílios brasileiros em situação de insegurança alimentar caiu de 30,2%, em 2009, para 22,6%, em 2013. Em números absolutos, o índice representa uma queda de 3,2 milhões de domicílios – ou 14,2 milhões de moradores – nessa situação. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, por meio do suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2013.

Na pesquisa feita nos lares brasileiros, os entrevistadores perguntaram aos moradores se houve alguma restrição alimentar nos últimos 90 dias, seja leve (alguma preocupação com acesso a qualidade ou quantidade), moderada (redução de alimentos para adultos) ou grave (quando crianças também passam pela privação alimentar).

Os indicadores do estudo apontam que houve avanços em relação ao tema no País em dez anos. Entre 2004 e 2013, a insegurança moderada passou de 9,9% para 4,6%. No mesmo período, a insegurança grave recuou de 6,9% para 3,2%.

O deputado Padre João (PT-MG), coordenador da Frente Parlamentar de Segurança Alimentar e Nutricional, disse que os resultados constatados na pesquisa e vivenciado no dia a dia é o resultado de um conjunto de ações do governo Dilma, que engloba políticas de produção e beneficiamento de alimentos e políticas de distribuição de renda. “Temos que destacar também que os números refletem a conscientização das mulheres na boa utilização dos recursos dos programas sociais em favor das crianças”.

Padre João comemorou a redução no índice da insegurança alimentar, mas alertou. “Ainda temos um longo trabalho para assegurar alimento de qualidade e em quantidade para quilombolas, indígenas e pescadores e população rural”.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), integrante da Comissão de Seguridade Social, também comemorou os resultados e lembrou que o Brasil tem sido reconhecido mundialmente pelos projetos e políticas adotadas pelos governos Lula e Dilma no combate à fome. “É cada vez menor no País o número de brasileiros considerados miseráveis. Felizmente hoje, até a população mais pobre já pode decidir o seu cardápio, incluindo nele as carnes, coisa que não acontecia antes dos grandes programas de inclusão social dos governos do PT”.

Metodologia – Assim como houve redução nos índices de insegurança alimentar, o total de domicílios que se declaravam confortáveis quanto aos alimentos aumentou: de 65,1% em 2004 para 77,4% no ano passado. A segurança alimentar se aplica a lares que têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade em quantidade suficiente.

A metodologia utilizada pela pesquisa é baseada na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), que permite identificar e classificar os domicílios de acordo com os graus de severidade quanto ao acesso e qualidade dos alimentos pelas famílias.

Pesquisa por região – As cinco grandes regiões apresentaram prevalências diferentes de domicílios em situação de insegurança alimentar. As maiores proporções de insegurança leve, moderada ou grave foram registradas no Norte (36,1%) e no Nordeste (38,1%). Nas demais, o percentual de domicílios ficou abaixo dos 20%: 14,5% na Sudeste; 14,9% na Sul; e 18,2% na Centro-Oeste.

Apesar dos índices de insegurança registrados no Nordeste, a região também foi a que registrou o aumento mais expressivo de domicílios em situação de segurança alimentar, passando de 46,4% em 2004 para 61,9% em 2013.

Indicadores no campo – As prevalências de insegurança alimentar na área rural foram maiores em relação às áreas urbanas. Em 2013, enquanto 20,5% dos domicílios da área urbana tinham moradores em situação de insegurança alimentar (6,8% moderada ou grave), no campo essa proporção foi de 35,3% (13,9% moderada ou grave).

Apesar dos índices mais altos no campo, diminuiu a sensação de insegurança moderada ou grave nas áreas rurais, passando de 15,6%, em 2009, para 13,9%, em 2013. Já a situação de insegurança alimentar leve aumentou, no período, de 19,5% para 21,4%.

Da Redação com PT no Senado

 

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