Os brasileiros estão otimistas em relação à situação socioeconômica do País, afirma o Índice de Expectativas das Famílias (IEF), constatado em pesquisa do Ipea realizada em 3.810 domicílios de 214 municípios de toda a federação e apresentada no dia 31 de agosto, no Rio de Janeiro.
O índice médio de otimismo foi de 62,75 pontos em agosto. E, para o futuro, o levantamento mostra que mais de 58% da população acredita que o Brasil passará por melhores momentos nos próximos 12 meses. Mais de 55% acreditam que o cenário otimista também se repetirá nos próximos cinco anos.
Na avaliação do deputado José Guimarães (PT-CE), integrante da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, a consolidação da política econômica do Governo Lula, com crescimento sustentável e distribuição de renda, permite esta confiança aos brasileiros. “É uma confiança, inclusive, que ultrapassa as fronteiras do país e anima as multinacionais que já colocam o Brasil como terceiro destino escolhido para investimentos”, afirmou Guimarães.
O deputado se refere a uma outra pesquisa divulgada pela Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento (Unctad), na última segunda-feira (6), que revela que o Brasil já superou os Estados Unidos e toda a Europa, quando o assunto é a escolha de um país para investimentos até 2012. O Brasil fica atrás apenas da China e Índia.
Em relação à confiança dos brasileiros, José Guimarães afirmou que ela acontece porque nestes oito anos de governo Lula as políticas econômicas e sociais ajudaram a melhorar a qualidade de vida para todas as classes sociais. “Todo mundo ganhou. Ganhou quem dependia de programas como o Bolsa Família, Luz para Todos ou ProUni. Mas melhorou muito também a vida de quem nunca precisou de programas do governo. Por isso, o país vive esse fenômeno e a expectativa para o futuro é a melhor possível”, conclui.
Otimismo – A confiança é maior entre as pessoas com melhores rendimentos e os mais jovens, entre os entrevistados que se declararam negros, os que têm nível de escolaridade superior incompleto, e os que recebem benefícios do governo.
As maiores proporções de otimistas foram constatadas nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O otimismo pode estar relacionado à melhoria da situação do orçamento das famílias, 73% dos entrevistados acreditam estar em melhores condições financeiras que há um ano.
“Quatro entre cinco famílias revelaram que a situação financeira melhorou. Essa melhoria foi registrada com maior proporção na Região Centro-Oeste (81,75% dos entrevistados), e a Região Sul foi a que concentrou um menor número de famílias com melhorias no orçamento (67,39%)”, afirmou o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.
EI, com informações do Ipea
