Pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (31) confirma os dados de pesquisa encomendada pelo PT à Vox Populi e mostra que o índice de aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou ao patamar recorde atingido em novembro do ano passado.
Segundo a pesquisa realizada entre os dias 26 e 28 de maio, 69%dos entrevistados classificam o governo como ótimo/bom. A administração é regular para 24% e ruim/péssima para 6%. Em novembro de 2008, a taxa de aprovação do governo Lula chegou a 70%, mas caiu para 65% em março deste ano.
Segundo a pesquisa, Lula voltou a nota média de 7,6 alcançada em novembro do ano passado, a maior obtida por ele desde que assumiu a Presidência, em janeiro de 2003.
O diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, diz que “a queda anterior era o efeito direto da crise”. Mas que, “com a população mais confiante quanto ao desempenho do governo frente à crise, o governo recuperou o nível de aprovação”.
Ainda segundo o Datafolha, 63% dos entrevistados apontam como ótima/boa a performance do governo Lula na área econômica, a melhor avaliação desde 2004. O desempenho do governo é regular, nesse quesito, para 29%dos entrevistados, sendo ruim/péssimo para 7%.
Presidência
Na disputa pela Presidência da República, a pesquisa Datafolha também confirma, a exemplo da pesquisa Vox Populi/PT, que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), encurtou consideravelmente a distância nas pesquisas entre a sua pré-candidatura a presidente e a do governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Segundo os dados divulgados, a diferença do tucano para a petista — que estava em 30 pontos percentuais em março — e agora caiu para 22 pontos.
No principal cenário do novo levantamento sobre a sucessão presidencial de 2010, Dilma tem 16% das intenções de voto, contra 38% de Serra. Em relação à pesquisa anterior, a ministra subiu cinco pontos percentuais, enquanto o tucano paulista perdeu três. Na pesquisa Datafolha, o crescimento levou Dilma à segunda colocação, empatada tecnicamente com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), que oscilou de 16% para 15%.
“Mais uma vez, a pré-candidatura de Dilma é a única que ganha pontos. Ela está em ascensão”, afirma Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha. Segundo Paulino, as intenções de voto da ministra crescem na medida em que o eleitor vai se familiarizando com seu nome. Em março, 53% afirmavam conhecer Dilma.
Confiança na economia
A pesquisa mostra ainda que, em comparação a março, o brasileiro está mais otimista. Para 40% dos entrevistados, a situação econômica do país vai melhorar nos próximos meses. Na opinião de 15%, vai piorar.
Para 41%, fica como está. Segundo o Datafolha, 43% acreditam que a taxa de desemprego vai aumentar no país.Em março, porém, esse índice chegou a 59% dos entrevistados.
Hoje, 24% acreditam que o desemprego vai cair e 29% afirmam que ficará como está. De 2008 até março, 48% dos entrevistados apostavam no aumento da inflação. Hoje esse risco existe para 36%. Para 43% dos entrevistados, a inflação “vai ficar como está”, enquanto 14% acreditam numa redução.
A aposta na manutenção da inflação nos mesmos patamares é maior entre os entrevistados com nível de escolaridade superior (52%) e renda familiar mensal de mais de dez salários mínimos (57%).
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