Todas as recentes pesquisas colocam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança das intenções de voto para as eleições presidenciais de 2018, em todas as faixas etárias. Porém, o que mais chama a atenção na pesquisa do DataPoder360, realizada entre 12 e 14 de agosto, é o expressivo apoio ao petista entre os jovens com idade entre 16 e 24 anos.
Segundo a pesquisa do DataPoder360, nesse segmento Lula alcançou 41%. Esse índice é superior ao alcançado pelo petista nas demais faixas etárias. Entre os pesquisados com 25 a 44 anos, por exemplo, Lula obteve 31%. Na faixa entre 45 e 59 anos, 38%. E entre aqueles com mais de 60 anos, 17%.
A análise do DataPoder360 levanta a questão de que os jovens que estão no piso da amostra (16 anos), estavam nascendo quando Lula assumiu o poder, em 2003, e tinham apenas 9 anos quando o petista deixou o governo no final de 2010. Já aqueles que estão no teto da faixa etária jovem (24 anos), tinham entre 8 anos em 2003 e 16 anos em 2010.
A explicação para o alto índice obtido por Lula nesta faixa etária é o fato desses jovens terem se beneficiado de políticas públicas criadas durante o seu governo, especialmente o Bolsa-Família, escolas técnicas e, os mais velhos, a expansão da rede de universidades federais e o Prouni.
O DataPoder360 também aponta que o Partido dos Trabalhadores tem grande potencial entre os jovens, com 45% da preferência, com 24% que votariam com certeza na legenda e 21% que poderiam votar.
Bandeiras de luta de Lula e do PT também estão em alta entre os jovens. Entre os eleitores de 16 a 24 anos, 55% são contra a privatização de empresas públicas, e 69% repudiam a possível venda da Petrobras. A pesquisa aponta ainda que os jovens estão preocupados com o futuro. Cerca de 79% são contra a adoção de idade mínima para aposentadoria como propõe a reforma da Previdência de Temer.
A Pesquisa DataPoder360 entrevistou entre 12 a 14 de agosto 2.088 brasileiros e brasileiras com 16 anos ou mais, em 187 municípios. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
PT na Câmara com informações do DataPoder360
Foto: Ricardo Stuckert