O líder da minoria no Congresso, deputado Décio Lima (PT-SC) e o deputado Zeca do PT (MS) acreditam que o crescente apoio da população brasileira às ideias tradicionalmente defendidas pelos partidos de esquerda demonstram que a população já sente saudades dos governos do PT (Lula e Dilma). Segundo eles, a pesquisa do Datafolha – publicada no jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (3) – que destaca o crescimento no apoio a questões que envolvem igualdade e respeito às minorias e à vida, demonstram que a população brasileira já percebe os retrocessos advindos com o golpe que destituiu a presidenta eleita Dilma Rousseff.
“Para aqueles que acreditavam que apenas no longo prazo a história iria reconhecer o que foi feito de bom para o país e para o povo brasileiro durante os 13 anos dos governos do PT, está provado que a população começou a reconhecer bem antes disso”, observou Décio Lima.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, em relação ao último levantamento – realizado em setembro de 2014- subiu de 58% para 77% a parcela dos brasileiros que acreditam que a pobreza está relacionada à falta de oportunidades iguais para todos. Já os que acham que a pobreza é fruto da preguiça, caiu de 37% para 21%.
A pesquisa aponta que também cresceu a tolerância à homossexualidade (64% para 74%), a aceitação de migrantes pobres (63% para 70%) e a rejeição à pena de morte (52% para 55%).
Para o deputado Zeca do PT, a população já começa a perceber a diferença entre o governo Temer e os governos de Lula e Dilma, principalmente no respeito aos direitos do povo brasileiro.
“A população constata o atual momento de subtração gradativa dos direitos, como no caso da terceirização irrestrita e das propostas de reforma trabalhista e da Previdência, e compara com o período dos 13 anos do PT, quando houve distribuição de renda, redução drástica da pobreza e da miséria, respeito as questões de gênero e evidente melhoria na qualidade de vida dos brasileiros”, explicou.
A pesquisa também aponta o crescimento dos simpatizantes da esquerda no País. Se no levantamento de 2014 a direita estava em clara vantagem, hoje o quadro é de empate técnico.
A soma entre direita e centro-direita representa hoje 40% da população, enquanto na pesquisa anterior era de 45%. Já a esquerda e centro-esquerda aumentou o número de simpatizantes de 35% para os atuais 41%. O centro manteve-se com 20%. O instituto fez 2.771 entrevistas entre 21 e 23 de junho.
Héber Carvalho