O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA) ocupou a Tribuna da Câmara para prestar homenagem ao artista plástico e sacerdote Deoscóredes Maximiliano dos Santos, o Mestre Didi.” Dono de uma obra vigorosa baseada na religiosidade, era também escritor, ensaísta e tinha o posto de alapeni, o mais alto nos ritos aos ancestrais, conhecido como Culto aos Eguns”, disse.
Mestre Didi tinha 95 anos e lutava desde 2011 contra as consequências de um câncer de próstata. “Mestre Didi deixa uma vasta obra plástica e também literária sobre a tradição de origem nagô. Era um artista vinculado à essência da cultura religiosa e afro-brasileira. Infelizmente talvez mais conhecido em outros países do que no próprio Brasil”, lamentou.
Filho biológico da ialorixá Maria Bibiana do Espírito Santo, conhecida como “Mãe Senhora” – terceira a assumir o comando do terreiro Ilê Axé Opó Afonjá -, Mestre Didi comandava o Ilê Asipà, localizado na capital baiana e fundado por ele em 1980.
Mestre Didi criou esculturas focadas na representação de deuses e orixás do Candomblé e, com sua obra sacra singular, ganhou expressão internacional. Ele é considerado um dos principais artistas brasileiros e se utilizava da estética e de elementos da cultura afro-brasileira.
Algumas peças criadas por Mestre Didi podem ser apreciadas, em Salvador: na orla do Rio Vermelho, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Mucab), e no Parque das Esculturas, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM).
Equipe PT na Câmara