A Bancada do PT na Câmara, que sempre denunciou a política desastrosa de preços da Petrobras que resultou na crise dos combustíveis, comemorou o anúncio da saída de Pedro Parente do comando da estatal. “Pedro Parente, o ministro do apagão de 2001 e da maior crise de desabastecimento de combustíveis da história do Brasil, em 2018, pediu demissão”, comentou o líder do PT na Câmara, deputado Paulo Lula Pimenta (RS), em sua conta no twitter.
Na avaliação do líder Pimenta, ainda não é possível dimensionar o estrago que este “indivíduo” causou ao Brasil. “Esperamos que a política nefasta de reajustes tenha sido demitida junto com Pedro Parente. Não abriremos mão de processá-lo por seus atos. Comemoremos esta vitória dos trabalhadores, mas sigamos lutando!”, afirmou.
Paulo Pimenta considerou ainda que foi a pressão popular e a luta dos parlamentares do campo progressista no Parlamento que derrubou Pedro Parente do posto de presidente da Petrobras. “Mas ainda temos que derrotar a nova política de preços que gerou a crise e impedir a aprovação das medidas absurdas deste governo ilegítimo!”, alertou.
O líder da Minoria na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que Pedro Parente “já sai tarde” do comando da estatal. “Mas a saída dele não significa o fim da política de preços dos combustíveis que levou o país ao caos. É fundamental mais mudanças para que o país retome a normalidade necessária após a greve dos caminhoneiros”, defendeu Guimarães.
A deputada Benedita Lula da Silva (PT-RJ) além de comemorar a saída de Pedro Parente, afirmou que um dos pedidos do PT aconteceu: “Parente deixou a presidência da Petrobras, mas agora falta o mais importante, mudar política de preço da empresa e, com isso, reduzir o preço do combustível para o consumidor”.
E o deputado Pepe Lula Vargas (PT-RS) alertou: “A notícia da saída de Pedro Parente da Petrobras somente poderá ser comemorada caso a política de preços de combustíveis comandada por ele, seja modificada. Caso contrário será a troca apenas de nome. É preciso modificar a política, incluindo o fim do desmonte da Companhia”, defendeu.
Para o deputado Lula Bohn Gass (PT-RS) também não basta o Pedro Parente cair. “Tem que acabar com essa política que ele e o Temer implementaram. Porque foi essa política que quebrou o Brasil, que fez o povo pobre pagar caro pela gasolina, gás de cozinha e diesel. É isso que tem que mudar”, defendeu.
Na avaliação do deputado Caetano Lula (PT-BA), Pedro Parente, “o homem do apagão no governo FHC”, jamais deveria estar a frente da Petrobras. “Ao indicá-lo para o cargo, Temer mostrou não ter nenhum compromisso com o bem estar da população. Agora, com a sua saída da Petrobras, que seja alterada essa trágica política de preços – que é um assalto ao bolso dos brasileiros”.
E a deputada Margarida Lula Salomão (PT-MG) enfatizou: “Pedro Parente não é mais o presidente da Petrobras! Que com ele também vá embora essa absurda política de preços da estatal, que favorece muito mais os estrangeiros do que o povo brasileiro!”.
Na opinião do deputado Marco Lula Maia (PT-RS) Pedro Parente já vai tarde. “Agora chegou a hora de Temer! Esta política de reajustes dos combustíveis não pode permanecer e não adianta trocar seis por meia dúzia. Os crimes cometidos contra a Petrobras e o povo brasileiro por Temer e sua turma precisam ser punidos”, defendeu.
O deputado João Lula Daniel (PT-SE) também considerou importante a saída de Pedro Parente, mas enfatizou que o grande problema é o projeto entreguista do governo golpista de Temer. “A queda de Parente não representa a derrota do golpe e do seu projeto. É uma vitória da greve dos caminhoneiros, da greve dos petroleiros e das mobilizações nacionais”. Ele acrescentou que é preciso derrotar todo o governo Temer, fazer eleições livres com Lula candidato a Presidência da República, “para retomar um grande projeto para o povo brasileiro”.
E a deputada Maria do Rosário Lula (PT-RS) ironizou: “Caiu Pedro Parente!?, Não basta cair um dos caras que aumentou a gasolina, o gás, o óleo e em decorrência o desemprego e a fome. Tem que cair o preço da gasolina, do gás. Que caiam todos em diretas livres”, desejou.
Quem também criticou a nova política de preços da Petrobras foi a deputada Luizianne Lins (PT-CE). “Tivemos uma vitória com a saída do Parente, mas é urgente uma mudança na política de preços da Petrobras, que apenas favorece seus acionistas privados, investidores do mercado financeiro e multinacionais interessadas na privatização da companhia. Temer quer vender 4 refinarias da Petrobras. Se o preço dos combustíveis tá sem controle hoje, imagine depois dessa privatização”, alertou a parlamentar cearense.
Boa notícia – O deputado Celso Pansera (PT-RJ) considerou que foi uma boa notícia finalmente Pedro Parente ter ido embora. “Agora Michel Temer, tem que mudar a política de combustível no Brasil, não dá para definir o valor da gasolina, do etanol, do diesel, do gás de cozinha e do gás combustível pelos ganhos em dólar dos investidores das bolsas de Londres e de Nova York”. Ele ainda ironizou: “se possível presidente Temer, pede chapéu também e vai embora que será uma vitória do povo brasileiro”.
O deputado Pedro Lula Uczai (PT-SC) afirmou que caiu Pedro Parente, o coração do Golpe. “Agora falta o presidente golpista”, defendeu.
O deputado Paulo Lula Teixeira (PT-SP) também comemorou: “Depois da política desastrosa de preços dos combustíveis, de cortes em recursos da saúde, educação e outros setores para bancar a redução do diesel, e de muita pressão popular, Pedro Parente pede demissão da Petrobras”.
Para o deputado Décio Lula Lima (PT-SC), líder da Oposição no Congresso, “o DNA da crise dos combustíveis, o tucano Pedro Parente, caiu. A política entreguista de vender o petróleo e a Petrobras às multinacionais petroleiras foi desmascarada. Vitória do povo brasileiro, dos caminhoneiros e dos petroleiros!”, escreveu no seu twitter. Ele ainda pediu: “Agora queremos a redução real no preço da gasolina”.
O deputado Reginaldo Lula Lopes (PT-MG) considerou que foi uma vitória Pedro Parente pedir demissão da Petrobrás. “Uma vitória das mobilizações que criticaram esse modelo econômico totalmente voltado para o mercado financeiro. O governo Temer deixa uma triste página em nossa história, que precisa logo ser virada”.
E na avaliação do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), Pedro Parente foi o principal responsável pela política de reajustes de preços na Petrobras, que levou o País ao caos, com desabastecimento e paralisia em todas as regiões. E destacou: “Pedro Parente é quadro orgânico do PSDB”.
Demissão – Pedro Parente pediu demissão do cargo de presidente da Petrobras. Ele comunicou ao presidente da República, Michel Temer (MDB), nesta sexta-feira (1º/6), durante reunião no Palácio do Planalto. O encontro ocorre após o governo lançar medidas com custo de R$ 13,5 bilhões para baixar o preço do diesel e ajudar a encerrar a greve dos caminhoneiros.
O Conselho da Petrobras deve indicar um presidente interino nos próximos dias. Ainda de acordo com o comunicado divulgado, a diretoria executiva da companhia não sofrerá qualquer alteração.
Vânia Rodrigues, com agências