O Partido dos Trabalhadores realiza no próximo dia 10 de novembro (domingo) das 9 às 17h, o Processo de Eleição Direta (PED) para a escolha dos seus dirigentes. Consagrado como único partido brasileiro que instituiu eleição direta para definir seus quadros partidários, o PT deve mobilizar neste fim de semana mais de 800 mil filiados aptos a votar.
Ao instituir o Processo de Eleição Direta, em 2001, o PT apresentou ao País um jeito novo de fazer política partidária. Essa iniciativa coloca o partido na vanguarda das transformações da política brasileira. A revolução democrática do Partido dos Trabalhadores é sentida em cada edição do PED.
No pleito do fim de semana, por exemplo, seis candidatos disputam o cargo de presidente nacional e sete chapas concorrem à direção nacional do partido. Além do atual presidente Rui Falcão, que disputa a reeleição, concorrem à direção nacional Markus Sokol, Valter Pomar, Serge Goulart e os deputados federais Paulo Teixeira (SP) e Renato Simões (SP).
Desafios – O ex-presidente da legenda, deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), aponta como um dos pontos positivos do PED o envolvimento dos filiados na escolha dos dirigentes. No entanto, o petista diz que o PT precisa aproveitar esse momento para politizar seus militantes e filiados.
“Se nós temos que comemorar o fato de o PT ser o único partido que faz eleição direta, temos também como desafio transformar esse processo em algo que seja realmente politizador, no qual a discussão sobre os rumos do partido e os desafios do Brasil que o PT governa sejam debatidos”, alertou Berzoini.
Ricardo Berzoini lembrou que no último Congresso da legenda, dedicado à alteração estatutária, foram feitas mudanças que contemplavam essa questão. Mas, segundo ele, essas mudanças não foram assimiladas. Para ele houve um “descompasso” entre o desejo expresso pelos delegados que participaram do 5º Congresso e a capacidade do partido em realizar o debate interno.
“O PT está muitas milhas à frente dos demais partidos na questão de organização. Como sempre, queremos dar um passo adiante. É importante fazer a reflexão também sobre o que pode melhorar para além do voto direto”, avaliou.
Benildes Rodrigues