O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) cobrou nesta terça-feira (19) a queda do presidente da Vale, Fabio Schvartsman, e a responsabilização de todos os funcionários da empresa que sabiam dos riscos envolvendo a barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Na tragédia ocorrida com o rompimento da barragem 166 pessoas morreram e já foram identificadas, mas 155 ainda estão desaparecidas.
“A morte de tantas pessoas deveria exigir respostas contundentes. A primeira delas deve ser a queda do Presidente da Vale. Semana passada, foram presos vários funcionários da Vale. Pelo que consta, houve pressão da empresa Vale sobre a empresa TÜVSÜD para atestar as condições de estabilidade da barragem, sob o risco de perderem o contrato. Isso revela não somente omissão, mas o dolo de funcionários da Vale para esconder o risco de rompimento da barragem”, disse Teixeira.
Segundo ele, ao omitir esse risco, executivos da Vale provocaram a morte de centenas de pessoas entre funcionários da empresa, proprietários e clientes de uma pousada e moradores de uma vila próxima. Paulo Teixeira afirmou que, na última quinta-feira (14), foi à missa em memória de falecimento de cinco pessoas de uma mesma família vítimas da tragédia. Segundo ele, a família tinha ido a Brumadinho para visitar o museu de Inhotim, e foram carregados pela lama.
O parlamentar cobrou ainda da Vale o pagamento de reparação às famílias vítimas da tragédia, e a garantia de investimento para mitigar os danos causados ao Rio Paraopebas, evitando que a lama chegue também ao Rio São Francisco. “Outra medida é trabalhar para evitar que novos acidentes ocorram”, afirmou.
Héber Carvalho