O vice-líder do governo na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), rebateu com veemência, nesta quinta-feira (20), nota assinada por líderes da oposição que atribui crime de responsabilidade à presidenta Dilma Rousseff. “Isso aqui é tinta, porque não há no Brasil nenhuma instituição que atribua algum crime de responsabilidade à presidenta Dilma. Nenhuma instituição! O Ministério Público não atribui, o Tribunal de Contas não atribui, o Tribunal Superior Eleitoral não atribui”, afirmou.
Paulo Teixeira explicou que apenas um ministro do Tribunal de Contas “quer fazer valer a sua opinião sobre o tribunal, tentando, numa articulação política, atacar a presidenta Dilma Rousseff”.
O deputado Paulo Teixeira contestou também a afirmação dos líderes da oposição de que esse é o pior momento da economia do Brasil. “Ora, falta memória à oposição”, ironizou o vice-líder do governo. Ele lembrou que no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o País quebrou três vezes, foi de joelhos ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e teve que conviver com a falta de energia elétrica.
“Quando a oposição pede à presidenta para pedir desculpas, V.Exas. querem que ela peça desculpas pelo apagão? V.Exas. querem que a presidenta da República peça desculpas por, naquele tempo, o Brasil, quebrado, ter ido três vezes ao FMI? É disso que se trata?”, questionou.
Paulo Teixeira destacou que a economia brasileira é, de longe, muito melhor e mais sadia sob os governos Lula e Dilma do que era no governo FHC. E ilustrou que o País tem hoje US$ 370 bilhões de reservas no exterior e que os governos do PT ampliaram brutalmente o PIB; criaram um ambiente de maior equilíbrio social e garantiram inúmeros direitos para a população brasileira.
O vice-líder do governo reconheceu que a economia passa por um momento de dificuldade. “Mas, esse momento de dificuldade é um momento em que a oposição tenta criar uma crise, um impasse no País”, lamentou.
Ele destacou ainda que a oposição tem votado projetos que criam despesas mostrando pouco compromisso com o País. “A oposição aqui incentiva a pauta-bomba, pauta que vai gerar ao Erário brasileiro o maior desequilíbrio da sua história. É essa responsabilidade que a oposição tem, e vem a essa tribuna dizer que a tem, e que a Presidenta não teria?”, criticou.
Superação – Paulo Teixeira lembrou que a presidenta Dilma está tomando todas as medidas necessárias para a superação deste momento econômico, que tem muito a ver com a crise econômica mundial, para retomar o crescimento, a geração de empregos e a distribuição de renda no País.
“A oposição tem uma atitude que o Brasil precisa entender qual é. Ela foi expressa recentemente numa fala do Aécio Neves, candidato derrotado à Presidência da República pela oposição. Aécio Neves disse o seguinte: O PSDB é o maior partido de oposição ao Brasil. Talvez ele, depois, tenha percebido que não seria isso que ele queria falar, mas é essa a postura que a oposição está adotando, a de querer esticar a crise.
O vice-líder do governo citou também editoriais de grandes jornais americanos que dizem que a oposição brasileira entrou numa pauta irresponsável e está levando o Brasil a essa pauta irresponsável. “A nota da oposição demonstra esse desentendimento. Alguns falam em renúncia, outros falam em impeachment, outros falam em não sei no que mais, mas a verdade é que a oposição aparelhou partidariamente os movimentos de rua no domingo passado”, ressaltou.
Responsabilidade – Paulo Teixeira fez questão de informar que a presidenta Dilma Rousseff está tranquila em relação à sua responsabilidade e que trabalha intensamente, dando continuidade aos programas de governo. “Inaugurou casas no Maranhão, inaugurou casas no Amapá. Hoje lhe falta agenda para inaugurar casas no Brasil. Libera recurso para as universidades, continua o Programa Bolsa Família, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e não entra na agenda contra o País, que a oposição quer pautar”, acrescentou.
Por isso, afirmou Paulo Teixeira, a presidenta não vai renunciar. “A renúncia não é uma palavra da presidenta. A oposição aprendeu com Carlos Lacerda, que dizia, em relação a Getúlio: Não o deixe ser candidato, mas, se ele for candidato, não permita que ele ganhe. Mas, se ele ganhar, não permita que ele tome posse. Mas, se ele tomar posse, não permita que ele governe. E o Carlos Lacerda incorporou, fez escola na oposição”, criticou.
O vice-líder do governo concluiu afirmando que o País está percebendo as manobras e não vai entrar na agenda da oposição que, “como bem disse Aécio Neves, é uma agenda contra o Brasil”. “A nossa agenda, ao contrário, é pelo Brasil, é pelo crescimento, é pela geração de empregos. E o Brasil se convence de que ela, Dilma Rousseff, vai governar tão bem quanto nesses últimos anos e vai continuar governando até o último dia do seu mandato”, afirmou.
Vânia Rodrigues
Foto: Alex Ferreira/Agência Câmara