O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu, em pronunciamento no plenário, a aprovação pelo Congresso Nacional de uma legislação restritiva à publicidade de bebida. “O álcool é hoje a principal causa de morte em grupos etários mais jovens, especialmente entre os homens, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, disse o parlamentar petista.
A OMS divulgou recentemente, acrescentou Paulo Pimenta, uma estratégia global para reduzir o uso nocivo das bebidas alcóolicas, em particular entre os jovens, e o texto foi aprovado por 193 países. “E a OMS previu duas medidas fundamentais para combater este mal: o aumento nos preços, porque o aumento da renda no mundo levou a uma explosão do consumo; e a restrição da publicidade”, explicou o parlamentar petista.
No entanto, afirmou o deputado Paulo Pimental, “estranho que a estratégia da OMS não tenha repercutido e não tenhamos observado cobranças da mídia para que o Congresso Nacional, aprove uma legislação, por exemplo, proibindo a publicidade da cerveja no Brasil”.
“A expectativa do crescimento do mercado é a de que seremos o terceiro maior produtor de cerveja do mundo este ano – 12 bilhões de litros. A estimativa é que somente o mercado de cerveja e chope movimente este ano R$ 108 bilhões. O sucesso do mercado da cerveja é diretamente proporcional ao aumento do prejuízo do sistema de saúde e dos indicadores de mortes de trânsito, especialmente para os jovens”, disse Paulo Pimenta.
“Gostaria de ver esta Casa ter a coragem de aprovar uma legislação restritiva à publicidade da bebida, restritiva ao baixo preço, que hoje é fator de explosão do consumo. Gostaria de contar com o apoio da grande imprensa deste país, cobrando do Congresso Nacional a aprovação de medidas nesse sentido. Tenho convicção de que esta é uma medida concreta que, adotada por esta Casa, levará uma redução significativa desses indicadores e nos possibilitará revelar e divulgar estatísticas positivas que estimulem esta Casa a aprovar outras legislações nesse sentido”, finalizou o deputado Paulo Pimenta.
Gizele Benitz
