Paulo Pimenta: O verdadeiro ministro da Saúde do governo Bolsonaro é o genocida Jair Bolsonaro

Quando Jair Bolsonaro for posto diante dos tribunais nacionais e internacionais para responder por crimes de responsabilidade contra o Estado brasileiro e de “limpeza étnica e social” pela tentativa de extermínio de comunidades indígenas, cidadãos idosos, pobres e vulneráveis contaminados pela Covid-19, desprotegidos, expostos à falta de recursos diante da pandemia, responderá em dupla condição: como presidente da República e como ministro da Saúde.

Luiz Henrique Mandetta, médico, deputado federal pelo DEM-MS. Tomou posse em janeiro de 2019, ao lado do presidente por quem trabalhara durante a campanha por se identificar com a agenda conservadora e privatista do candidato.

Um ano e três meses depois, quando a Covid-19 começou a se disseminar pelo País, recusou-se a cumprir o papel de ventríloquo de Bolsonaro.

Foi demitido em 16 de abril de 2020, por tomar medidas ancoradas na ciência e nas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) para combater eficazmente a contaminação pelo novo coronavírus.

Nelson Teich, médico, oncologista, com vasta experiência e invejável currículo em gestão hospitalar.

Em três de abril de 2020, Teich escrevera em um artigo que “por falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19 e da possibilidade de o Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal(?) é a melhor estratégia no momento”.

O capitão especialista em Covid-19 – A aparente sintonia em pouco tempo se dissolveu.

Menos de um mês depois, Bolsonaro exigiu que o Ministério da Saúde adotasse um novo protocolo indicando o uso da cloroquina para pacientes no estágio inicial da doença.

Afinal, ele pode não entender nada de economia e nem de administração pública, mas do tratamento de sintomas decorrentes da Covid-19…

Como é sabido, o presidente da República, por alguma razão ainda não devidamente esclarecida, vem promovendo a cloroquina como “salvação” desde o início da crise.

Sua insistência na produção – utilizando os laboratórios do Exército – e na propaganda do medicamento se chocam contra estudos nacionais e internacionais que demonstram de forma reiterada que o uso do remédio não diminui o número de mortes e internações por covid-19 e ainda pode ter efeitos colaterais muito prejudiciais aos usuários.

Nos últimos dias de sua gestão, o dr. Teich foi surpreendido ao ler na imprensa que o presidente havia incluído salões de beleza e academias entre os “serviços essenciais” autorizados a funcionar durante a pandemia.

A decisão, publicada em um decreto, não passara pelo aval do ministro. Foi informado por jornalistas durante uma entrevista.

“É o dia mais triste da minha vida. Não vou manchar a minha história por causa da cloroquina”, declarou Nelson Teich ao se despedir. Havia tomado posse em 7 de abril de 2020. Durou 29 dias à frente do Ministério.

Números macabros do capitão e do general – Bolsonaro encontrou, por fim, a solução para o avanço da Covid-19! Decidiu oferecer ao Brasil o talento do general da Intendência do Exército Eduardo Pazuello, um prodígio em soluções de logística.

Até então, Pazuello era o secretário- executivo, segundo homem do Ministério. Um militar, afinal o país necessitava de alguém com domínio sobre os complexos problemas de infraestrutura!

No dia 15 de maio, data em que o general intendente e da ativa Eduardo Pazuello tomou posse como interino, o país chorava 14.817 mortos pela Covid-19, conforme dados das Secretarias Estaduais de Saúde.

Daquela data até quando assumiu definitivamente como titular do Ministério da Saúde, em 14 de setembro de 2020, o país já somava 132.117 mortes.

Caos – Desde então, para a indignação dos brasileiros e o espanto do mundo, vimos faltar oxigênio nas unidades de saúde de Manaus – que foram socorridas pelo governo da Venezuela – erros primários, atrasos, equívocos de destinatários nas operações de envio de itens que serviriam no combate à doença, cortes no financiamento de leitos de UTIs…

E a ausência deliberada de uma política nacional de aquisição de vacinas ou de insumos para que o país possa produzi-las e distribui-las pelo Sistema Único de Saúde – SUS.

O resultado colhido é o caos que se estabeleceu na condução do combate à pandemia: até este momento, só 4,76% da população brasileira foi vacinada!

Anteontem, quando o Brasil chorava a morte 282.400 pessoas (Dados do Consórcio da Mídia), e se consolidava como o epicentro da pandemia no mundo, com recorde de mortos a cada 24h (só no RS foram 502 dos 2.798 registrados na segunda-feira), Bolsonaro anunciou o novo Ministro da Saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga “Para dar continuidade ao trabalho de Pazuello…”

Não se trata de ironia ou de sarcasmo. Trata-se de uma obsessão assumida como estratégia macabra de reprodução de um projeto de poder.

Trata-se de um crime continuado contra a população brasileira, em especial, as parcelas mais pobres e vulneráveis do país.

Vidas Importam!

Em defesa do SUS, impeachment já!

 

Paulo Pimenta é deputado federal (PT/RS)


Artigo publicado originalmente no site Viomundo

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100