O deputado Paulão (PT-AL) ocupou a Tribuna, nesta semana, para reiterar que o governo ilegítimo de Michel Temer, fruto de um golpe, vive um verdadeiro “bate cabeça” e com iniciativas que vão contra o povo brasileiro. “Nesse período curto do governo golpista, já percebemos alguns fatos que precisam ser destacados. Primeiro, foi dito que o discurso seria para otimizar o Estado brasileiro no sentido de diminuir ministérios, azeitar a máquina pública, e isso não ocorreu. Segundo, foi dito que seriam colocados ministros pela meritocracia, e percebemos vários ministros com representações e respondendo a processos em nível avançado no Supremo Tribunal Federal”, afirmou o petista.
Duas denúncias, explicou Paulão, afetaram diretamente dois ministros e mostram esta contradição. “O ministro do Planejamento, senador Romero Jucá (PMDB-RR), que teve a sua queda; e o representante do Ministério da Transparência, a extinta Controladoria-Geral da União — CGU, um órgão fundamental que trabalha não só acompanhando os recursos do Executivo, mas também combatendo a corrupção. Além disso, um dos primeiros atos do presidente golpista foi acabar com a CGU”.
O deputado Paulão lembrou que até setores da mídia tradicionalmente contrários ao PT estão contra o golpe. “Lendo a coluna do Ricardo Noblat, um articulista que não tem relação com o Partido dos Trabalhadores, destaca ter havido um complô dos homens que articulam o poder da República para derrubar a Presidenta Dilma. Também o Valor Econômico, um jornal importante, dirigido mais à cobertura econômica, destaca que está havendo um grande acordo para salvar o mandato do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na perspectiva de ele continuar com a sua imunidade e com as articulações que tem nesta Casa. Então, é preciso fazer essa reflexão, já que sociedade brasileira está nos acompanhando”, disse.
O parlamentar petista criticou ainda as intenções do governo golpista de entregar as riquezas do Brasil. “O senador José Serra (PSDB-SP) ocupa o mesmo espaço do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quando era ministro do governo Itamar Franco. Primeiro, nas Relações Exteriores, depois na Fazenda. José Serra ocupa o mesmo lugar. E qual é o objetivo? Ser mascate do Brasil trabalhando duas ações estratégicas: uma delas é o desmonte da Petrobras e a outra é desmontar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES”, alertou Paulão.
Gizele Benitz
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