Partidos de oposição e centro criam comitê pró-impeachment de Bolsonaro

Foto: Rafael Barroso/Liderança da Minoria

Parlamentardes e presidentes dos partidos que integram a bancada da Minoria na Câmara – PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB e Rede – , juntos com dirigentes do PV, Cidadania e Solidariedade, decidiram hoje (15) formar um comitê para unificar ações em prol do impeachment do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro. Os nove partidos agora vão articular a adesão de membros de outras siglas de centro e centro-direita, como PSD, PSDB, MDB e DEM, além de movimentos sociais e artistas.

Segundo o líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), a reunião foi “extremamente importante” para a unificação das mobilizações contra Bolsonaro nos dias 2 de outubro e 15 de novembro. “Já em 2 de outubro, com as centrais sindicais e movimentos populares, haverá ampla mobilização no Brasil, inteiro, nas pequenas, médias e grandes cidades, com atos em nome da democracia e em favor do impeachment de Bolsonaro”, disse ele. “A pauta é a do povo brasileiro, que é comida, emprego e contra a alta dos preços dos combustíveis e alimentos; ninguém aguenta mais!”.

Bohn Gass observou que o comitê junta-se a outros do movimento Fora, Bolsonaro” e dos partidos de centro e de esquerda pela luta em defesa da democracia no País. “As mobilizações de 2 de outubro e 15 de novembro são importantes para a mobilização contra a extrema direita e também contra o bolsonarismo, que está destruindo a democracia e a soberania do Brasil”, afirmou.

Em defesa da democracia

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidenta nacional do PT, também comemorou o resultado da reunião, celebrada no Dia Internacional da Democracia. “Só a união de forças políticas pode derrotar o golpismo, marcando o Dia Internacional da Democracia com quem defende as liberdades e a soberania popular”, escreveu em seu perfil no Twitter.

Para o líder da Minoria, Marcelo Freixo (PSB-RJ), a unidade em torno do ato remete ao espírito do movimento Diretas Já. “Precisamos ir para as ruas, o governo Bolsonaro é uma ameaça à democracia. É nesse sentido que vários líderes políticos, de diversos partidos, estão convocando para o ato do dia 2. O Diretas Já foi o movimento que garantiu a nossa democracia e que agora a gente precisa lutar para manter”, disse o deputado.

O ato do dia 2 de outubro – de manhã por todo o Brasil e à tarde em São Paulo – terá a participação de governadores e prefeitos, tendo como bandeiras a defesa da Constituição, da vida e do meio ambiente e o combate à fome, inflação e desemprego. O dia 2 havia sido tirado pela Campanha Nacional Fora Bolsonaro, que reúne movimentos sociais e partidos de oposição, e agora conta com a adesão do comitê.
Em 15 de novembro, data da Proclamação da República do Brasil, haverá a mesma mobilização e um ato amplo na Câmara dos Deputados.

Além de Bohn Gass, Gleisi, e Freixo, participaram também da reunião o líder da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), os líderes dos partidos Danilo Cabral (PSB), Enrico Misasi (PV), Renildo Calheiros (PCdoB), Talíria Petrone (PSOL) e Wolney Queiroz (PDT); e os presidentes dos partidos Carlos Lupi (PDT), Carlos Siqueira (PSB), Juliano Medeiros (PSOL), Luciana Santos (PCdoB), Wesley Diógenes (Rede), Paulinho da Força (Solidariedade), Roberto Freire (Cidadania) e José Luiz Penna (PV).

PT, PDT, PSB, PSOL, PCdoB, Rede, PV, Cidadania e Solidariedade já haviam fechado questão pelo impeachment. O comitê reforça as articulações. A mobilização surge em resposta aos ataques antidemocráticos cometidos pelo presidente Jair Bolsonaro nos atos golpistas de 7 de Setembro.

Redação PT na Câmara

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