Foto: Gustavo Bezerra
O Plenário do Parlamento do Mercosul (Parlasul) aprovou, em sessão realizada na última segunda-feira (9), em Montevideo (Uruguai), recomendação para acelerar a incorporação da Bolívia como Estado parte do Mercosul. A Bolívia solicitou a adesão ao bloco em dezembro de 2012. Hoje, o Mercosul é integrado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Na sessão, que contou com a participação do presidente do Uruguai, José Mujica, também foi aprovada por unanimidade proposta para criar uma subcomissão permanente sobre o tema Ilhas Malvinas. O Parlasul também aprovou um pedido de informação sobre o acordo de associação entre Mercosul e União Europeia.
“Ao aprovar isso, o Parlamento está cumprindo com uma de suas atribuições, que é justamente acompanhar os processos de negociações e elaborar pedidos de informação quando não tem acesso”, disse o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), integrante da representação brasileira. “Os parlamentos nacionais e o próprio Parlasul não têm acompanhado o processo negocial entre Mercosul e União Europeia. Não se sabe sequer quais propostas que estão sendo discutidas. Estamos buscando mais transparência.”
Já o parlamentar argentino Jorge Landau elogiou a criação da subcomissão sobre as Ilhas Malvinas. Segundo ele, as ilhas, também chamadas de Ilhas Falkland, são hoje “um enclave colonialista na região”. A Argentina reivindica, junto à Organização das Nações Unidas (ONU), o reconhecimento de que as Ilhas Malvinas são território argentino. Essas ilhas são ocupadas pelo governo britânico desde 1833.
Argentina e Inglaterra lutaram pelo território em 1982, na chamada Guerra das Malvinas, que foi vencida pela Inglaterra. Após a guerra, a Argentina optou por reivindicar o território no âmbito da ONU.
Na reunião do Parlasul, a Comissão Interministerial do Porto de Águas Profundas apresentou relatório técnico do porto que será construído entre os balneários “El Palenque” e “Puerta del Sol”, no Uruguai. José Mujica salientou a importância do projeto tanto para o Uruguai quanto para a região. Segundo o presidente, com o novo porto, haverá aumento das vias de comunicação, além da diminuição dos custos de transporte na região.
O Parlasul volta a se reunir no dia 7 de julho.
Agência Câmara