Os deputados que compõem o Parlamento do Mercosul (Parlasul), reunidos em Montevidéu, Uruguai, nesta segunda-feira (9), endossaram a moção de repúdio à espionagem dos Estados Unidos, apresentada pelo presidente da Representação Brasileira, deputado Newton Lima (PT-SP).
No texto, os parlamentares manifestaram seu “veemente repúdio às atividades de espionagem da National Security Agency (NSA) e outras agências de inteligência norte-americanas”. O documento faz referência, especialmente, à espionagem sofrida pelo Brasil e pela presidenta Dilma Rousseff. “Trata-se, sem lugar a dúvidas, de uma clara ofensa à soberania da República Federativa do Brasil, e que não pode deixar de ser repudiada nos termos mais vigorosos”, diz o documento.
“Na moção também prestamos solidariedade à presidenta Dilma Rousseff e total apoio à sua decisão de levar o assunto para a ONU”, explica Newton Lima. O texto recorda ainda artigo da Declaração Universal dos Direitos do Homem, adotada em 1948 pela Assembleia Geral das Nações Unidas e firmada pelos Estados Unidos, que diz que “ninguém será sujeito a interferência na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência”.
Para o presidente da Representação Brasileira no Parlasul, outra decisão importante desta reunião foi a retomada das atividades legislativas do Parlasul que acontecerá no dia 11 de novembro. Os cinco países que integram o Mercosul serão convocados – Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela. “Retomarmos o Parlasul é fundamental para estreitar o diálogo entre os países e seguir no processo de integração da América do Sul”, explicou.
Uma comissão formada com três parlamentares do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai irá até a Venezuela para facilitar o entendimento sobre a importância da reintegração do Paraguai ao bloco. “Vamos buscar sensibilizar os colegas venezuelanos para a importância do Paraguai e do fortalecimento do Mercosul”, destacou Newton Lima.
Assessoria Parlamentar