Em Curitiba, parlamentares petistas unem forças para derrotar fascistas

O ato suprapartidário em defesa da democracia e contra o fascismo – que formalizou o encerramento da Caravana Lula pelo Sul do País, na última quarta-feira (28) – foi mais um momento para as Bancadas do PT na Câmara e no Senado reforçarem o apoio ao ex-presidente Lula e renovarem a disposição de consolidar nas ruas e no Parlamento o processo democrático que levará o Brasil a retomar o rumo do crescimento e da distribuição de renda.

A senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidenta Nacional do PT, que acompanhou toda a Caravana Lula pelo Sul, ressaltou a importância de transformar o ato final da caravana em uma manifestação histórica contra a violência, contra a intolerância e em defesa do Estado Democrático de Direito. “A democracia tem que ser defendida por todos aqueles que acreditam na justiça social. Independentemente das candidaturas de esquerda que a gente tenha, precisamos estar unidos contra o fascismo, o retrocesso e a violência nesse País”, afirmou.

Ao falar dos episódios de violência contra a caravana, o deputado Enio Verri (PT-PR) disse esperar que as demonstrações de ódio sejam obra de segmentos isolados. “É triste ver um país que investiu tanto em universidade, que fala tanto de democracia, ter uma minoria que está vivendo no período feudal da nossa história. Eu espero que isso não se repita”. Registrou. O parlamentar lembrou que a passagem da comitiva pelo Sul, embora tensa, também foi gratificante, com Lula recebendo o apoio e o reconhecimento da multidão que disputou espaço para chegar perto dele. “É muito bonito ver a população, no debate com Lula”, definiu.

O deputado Zeca Dirceu (PT-PR) apontou a responsabilidade do atual governo, que comanda o Brasil “de costas para o povo, retirando direitos trabalhistas”. Lembrou ainda que o desejo cruel e criminoso da turma golpista é acabar com a aposentadoria pública. “É contra isso que nós lutamos, é contra tudo isso que estamos nos opondo e é por isso que mais uma vez estamos do lado de Lula. O Brasil nunca precisou tanto de todos nós como precisa hoje”.

Ao afirmar ter consciência de que a esperança ficará abalada sem Lula nas eleições de 2018, o deputado Décio Lima (PT-SC) disse que uma eventual ausência do ex-presidente será um “apagão na democracia”. “Somos protagonistas da paz, do amor e de uma sociedade justa e fraterna. Somos muito mais forte que os acontecimentos, que as agressões, porque somos uma causa: a causa de ser um Brasil para todos os brasileiros. Vamos sair hoje daqui mais fortalecidos e energizados para enfrentar todas as adversidades, inclusive a violência e os ataques”, pontuou.

O senador Humberto Costa (PT-PE) reforçou que participar daquele ato histórico era um compromisso com o País e com o povo brasileiro. “É mais que um ato do PT e do Lula, é um ato em defesa da democracia, da liberdade, contra o golpe e contra os nazifascistas, que querem transformar o Brasil numa ditadura em que eles possam usar da violência e de todos os instrumentos de constrangimento para tentar calar a população”, definiu. Para barrar esse objetivo extremista, o senador disse que a união é fundamental. “Não adianta tentar calar o povo, impedir a marcha pela vitória nas eleições de 2018”.

A senadora Regina Sousa (PT-PI), ao falar da gravidade do atentado a tiros contra Lula e a caravana, disse que o ataque não atingiu somente quem estava na comitiva, mas atingiu a todos que estão na mesma luta. “Foram os mesmos tiros que atingiram Marielle há quinze dias, em um crime que até hoje não foram identificados os autores. Vão fazer a mesma coisa com as balas que atingiram os ônibus. Até o delegado que estava investigando foi afastado”, protestou a senadora, fazendo referência ao delegado Wikinson Fabiano Oliveira. Ele foi retirado do caso pelo governo tucano do Paraná, porque afirmou que a ação contra a caravana se tratava de uma tentativa de homicídio.

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) definiu o ato de encerramento da caravana em Curitiba como uma demonstração de força e de luta contra a quebra da democracia. “Não vão nos calar, estamos juntos”, garantiu. “Estamos aqui para dizer que não temos medo deles, porque estamos acostumados a agarrar o touro à unha”, emendou. “Depois dos tiros contra a caravana, esse ato se transforma numa grande frente da esquerda para dizer a eles que não aceitamos esses ataques e que Lula tem direito de ser candidato à Presidência da República”, concluiu.

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) classificou o momento político atual como de extrema relevância, visto que a direita fascista se rebela porque já vislumbra sua derrota iminente nas próximas eleições. “Ela esta vendo chegar cada vez mais perto a candidatura do presidente Lula. Uma candidatura que eles queriam derrotar judicialmente, já que não conseguem derrotar junto ao povo brasileiro, que em 2002, 2006, 2010 e 2014 elegeu Lula e Dilma presidentes do Brasil. E vamos vencer de novo em 2028. Esse é o medo deles. Eles não têm candidato para enfrentar Lula. Querem prender Lula, mas não vamos deixar que isso aconteça, vamos mobilizar esse País de Norte a Sul”, conclamou.

O senador paraense Paulo Rocha (PT) foi enfático ao dizer que a luta em favor da democracia se fortalece com a capacidade de resistência dos trabalhadores do seu estado, que enfrentam diariamente o grande latifúndio. “Trago a energia guerreira do povo cabano do Pará para dizer a vocês que é bom ver essa militância de punho erguido, ver os companheiros do PT, do PSol, do PCdoB, o companheiro Capiberibe [senador], do PSB, e o companheiro Requião [senador], todos juntos. Só nossa união vai derrotar essa onda fascista”, afirmou.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) chamou a atenção para o atual clima de violência, que, segundo ele, não se trata apenas da disseminação de um discurso de ódio e de intolerância, mas se trata de uma escalada fascista com agressões reais. “Falo tudo isso porque a gente não tem cenas como as que ocorreram aqui no Paraná, pelo menos, desde a década de 70”, lembrou, fazendo relação aos os tiros contra a caravana. “Nesse caso, o ódio foi construído a partir de outras violências: políticas, jurídicas e midiáticas. Eles começaram isso quando afastaram a presidenta legitimamente eleita, sem nenhum crime de responsabilidade”, definiu.

PT na Câmara

Foto: Ricardo Stuckert

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