Parlamentares, movimentos sociais e organizações sindicais lançam, nesta terça-feira (4), o Empate dos Povos da Amazônia. Com o objetivo de apresentar o manifesto que denuncia ataques aos direitos e conquistas históricas da população amazônica. O ato ocorre a partir das 8h30, no Salão Verde da Câmara dos Deputados.
O nome “empate” é inspirado nas ações de mesmo nome, promovidas pelo líder seringueiro Chico Mendes, que comandava mobilizações de enfrentamento para defender os territórios dos povos da floresta e impedir sua derrubada pelos invasores.
No manifesto que será apresentado à comunidade e à imprensa, são listadas uma série de denúncias e exigências. As denúncias passam pelos atos do atual governo, consideradas ataques aos povos da Amazônia, como a ameaça às conquistas da luta indígena, entrega dos territórios quilombolas, extinção de seções climáticas dos Ministérios do Meio Ambiente e das Relações Exteriores, limitação de patrocínio de estatais às atividades culturais e a Reforma da Previdência, que prejudica, sobretudo, os trabalhadores e trabalhadoras rurais.
Além disso, o texto apresenta as exigências que cada um desses segmentos requer do Poder Executivo e propõe uma série de políticas afirmativas para o desenvolvimento sustentável da socioeconomia amazônica.
O ato de lançamento é a primeira ação pública de uma agenda com diversas atividades que serão promovidas pelas entidades organizadoras do Empate. A ação no Congresso conta com o apoio dos parlamentares Airton Faleiro (PT-PA), José Ricardo (PT-AM), Beto Faro (PT-PA), Célio Moura (PT-TO), Professora Rosa Neide (PT-MT), Zé Carlos (PT-MA) e do senador Paulo Rocha (PT-PA).
O manifesto Empate dos Povos da Amazônia é assinado pelas entidades Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), União Nacional dos Estudantes (UNE), Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), Articulação Brasileira de Lésbicas (ABL), Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Conselho Indigenista Missionário (CIMI) e Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB).
Assessoria Parlamentar