Representantes de cinco blocos parlamentares da Europa e da América Latina divulgaram, nesta quarta-feira (19), em Viena, uma declaração conjunta na qual denunciam a “grave crise democrática” pela qual passa o Brasil “desde o golpe cometido contra a presidenta Dilma Rousseff” e condenam “a perseguição judicial, política e midiática e as campanhas de criminalização que sofrem distintos líderes progressistas”, com menção direta aos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Rafael Correa, do Equador, além da senadora e ex-presidenta argentina Cristina Kirchner.
A capital austríaca sedia desde segunda-feira (17) e até esta quinta-feira (20) a reunião da Assembleia Parlamentar Euro-Latino Americana (EuroLat), que tem encontros periódicos a cada semestre, com as sedes alternando entre cidades latino-americanas e europeias.
Na declaração também é manifestada “solidariedade com o povo brasileiro”, que é exortado a responder nas eleições de outubro ao “risco de regresso à ditadura e às políticas neoliberais em curso”.
O comunicado possui 25 pontos e trata de inúmeros temas e de contextos locais em vários países. O documento conclui que “em toda América Latina, no Caribe e na Europa, devemos estimular a mais ampla e sólida unidade, colaboração e cooperação das forças de esquerda”.
Assinam a declaração parlamentares de nove países e cinco blocos que representam todos os países-membros do Parlamento Europeu e dos diversos parlamentos regionais da América Latina: Parlamento do Mercosul, Parlamento Latino-Americano, Parlamento Centro-Americano e Parlamento Andino.
Rogério Tomaz Jr.
Confira abaixo texto completo, em espanhol, e lista dos parlamentares que o assinam: