Para líder do PT, já está consolidado na opinião pública que se houver afastamento definitivo, é golpe

afonso florence 22 02 16

O líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), em entrevista à Rádio da Legalidade considerou muito positivo, forte e contundente o discurso feito pela presidenta Dilma Rousseff, hoje (29), no Senado. “Ela demonstrou cabalmente que não tem crime de responsabilidade. Está comprovado que não tem as chamadas pedaladas e os decretos têm previsão legal através da Lei Orçamentária Anual, aprovada no Congresso Nacional”, afirmou. 

Na avaliação do líder do PT, nesse primeiro dia de julgamento final do processo de impeachment, travestido de golpe, consolida-se na opinião pública brasileira – e já está consolidado na mídia internacional – que, se houver afastamento definitivo, é golpe.

Afonso Florence destacou que ainda tem esperança no voto dos senadores e das senadoras, que ainda será feito. “Nós temos convicção de que no continuar trabalhos, nos questionamentos dos senadores e senadoras e nas respostas da presidenta Dilma, vai ficar ainda mais evidente que não tem crime responsabilidade, por isso é golpe”, reforçou.

O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), também em entrevista à Rádio da Legalidade, alertou que a vida da população brasileira vai piorar muito com a possível consumação do golpe, com o afastamento definitivamente da presidenta Dilma Rousseff. “As condições de vida vão piorar, a repressão política será intensificada. Mas quero registrar que a resistência ao golpe é infinitamente maior do que muitos previram. O povo brasileiro é talhado na luta e já venceu batalhas maiores do que essa”, assegurou.

O deputado Chinaglia lembrou que enquanto a imprensa internacional chama o que está ocorrendo no Brasil de golpe, a imprensa nacional, de maneira geral se cala. “Nós vemos segmentos do Parlamento norte-americano, do Parlamento Europeu, do Parlamento latino-americano com a exata dimensão de que o que ocorre no Brasil é uma quebra da legalidade. Entretanto, o Parlamento brasileiro, por uma maioria circunstancial, por interesses inconfiáveis praticou o golpe”, criticou.

PT na Câmara
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara

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