Em maio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a prisão de Cunha sob o argumento de que a suspensão do mandato do peemedebista e o afastamento dele da Presidência da Câmara, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não surtiu efeito, e o parlamentar teria continuado interferindo no comando da casa legislativa. Como alternativa, caso o STF negue a prisão, Janot sugeriu que Cunha passe a cumprir uma prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica e “recolhimento” no período de funcionamento da Câmara, de segunda a sextafeira, das 8h às 22h.
O procuradorgeral pediu ainda que Cunha seja proibido de manter contato, pessoal, telefônico, por mensagem ou email com parlamentares, ministros, servidores da Câmara ou qualquer investigado ou réu na Operação Lava-Jata. Também sugere que o peemedebista seja proibido de frequentar “quaisquer repartições públicas, em especial o Congresso Nacional”. Rodrigo Janot argumentou que o presidente da Câmara afastado também deveria ser proibido de viajar para fora do País sem comunicar ao Supremo e afirmou que devem ser recolhidos os passaportes diplomáticos de Cunha e de seus familiares.
Para Janot, a prisão de Cunha é necessária porque ele manteve “a postura criminosa e reiteradamente obstrutiva” mesmo após os ministros do STF decidirem, por unanimidade, afastálo do mandato de deputado no dia 5 de maio. Ele destacou que Cunha desafiou a decisão do Supremo ao dizer que voltaria a frequentar o seu gabinete na Câmara e que manteve influência política, uma vez que foi o responsável por fazer “diversas indicações para cargos estratégicos” no governo de Michel Temer.
PT na Câmara