Foto: Site Contag
Cerca de 50 mil agricultores devem participar do Grito da Terra em todo o país. No entanto, as negociações com o governo federal continuam. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) coordena uma Comissão Nacional de Negociação em Brasília, com cerca de 150 pessoas, entre elas representantes das 27 Federações Estaduais de Trabalhadores na Agricultura (Fetags).
Na segunda-feira (19), foi realizada uma audiência com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti e negociações com áreas técnicas de alguns ministérios. A presidenta Dilma Rousseff deve receber a comissão para dar resposta à pauta de reivindicações do 20º Grito da Terra Brasil entre 20 e 22 de maio. Enquanto isso, os trabalhadores rurais seguem mobilizados. A Contag faz uma avaliação positiva dos encontros.
De acordo com a Contag o diálogo com governo no 20º Grito da Terra é positivo. Segundo o presidente da Contag, Alberto Ercílio Broch, a expectativa é que na quarta-feira (21), o grupo seja recebido pela presidenta Dilma Rousseff. “Já negociamos a pauta com 15 ministros diretamente e os diálogos estão sendo positivos e respeitosos. Eles nos recebem, todo mundo tem o direito de falar, as negociações são muito duras, o clima às vezes esquenta, mas o tratamento é muito respeitoso”.
Broch explica que alguns pontos da pauta de reivindicações, com mais de 300 itens, já foram aceitos pelo governo e devem se consolidar na próxima semana. “É um misto de sentimentos: tem coisas que os próprios ministros sinalizaram que dá para avançar; outras ainda dependem do núcleo de governo decidir. Quando a reivindicação envolve recursos ou mudanças conjunturais, eles ainda estão se reservando o direito de discutir melhor”.
A pauta de reivindicações, entregue à presidenta Dilma Rousseff em 3 de abril, conta com 23 pontos centrais, que tratam da reforma agrária, fortalecimento da agricultura familiar, meio ambiente, juventude e sucessão rural, assalariamento rural, Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), políticas sociais, relações internacionais e organização e enquadramento sindical.
Fonte: CTB