Papel do Brasil é fundamental para integração dos países da Celac

antoniosimoes
Foto: Wilson Dias
 
O papel do Brasil como agregador e catalisador das relações internacionais contribuiu para que os países da América Central e do Caribe estivessem hoje mais integrados com a América do Sul trabalhando em prol do desenvolvimento regional. Esta foi a avaliação feita pelo embaixador Antônio José Ferreira Simões, subsecretário-geral da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores.
 
“Além do comércio, o que é muito importante, é nós entendemos que a Celac [Comunidade de Estados Latino-Americanos e do Caribe] tem a ver com a inclusão de todos os países da América Latina e do Caribe em um projeto comum. É sobretudo interessante notar que a América Central e Caribe estão agora muito conectados com América do Sul e conectados dentro de uma lógica de trabalhar os países para melhorar o seu próprio desenvolvimento. Isso é extremamente importante. O Brasil tem um papel, eu diria, sobretudo de catalisador. É isso que nós queremos trabalhar, aquele papel de trabalhar pela agregação”, disse Simões.
 
Ele também destacou que foi em reunião preparatória da criação da Celac no Brasil, que se ratificou a participação de Cuba na cúpula, marcando a origem do entendimento entre este país e os EUA.
 
“Foi na preparação da Celac que Cuba foi integrada à região e que ficou claro que não existe América Latina e Caribe sem Cuba. A origem de todo esse entendimento de Cuba com os EUA está, de certa maneira, na Celac e na ideia de que Cuba e a região são uma mesma coisa. Foi na reunião preparatória que criou a Celac, na Costa do Sauípe em 2008, foi a primeira reunião em que apenas os países da região, sem a participação de um país desenvolvido, puderam se reunir. Veja que interessante, algo que levou quase 200 anos para acontecer.”
 
Simões explicou que naquele momento ficou claro que para os países reunidos, só existia a região com a participação de Cuba. “Sem a participação de Cuba, a própria participação da região ficava comprometida. E esse sentido de solidariedade e irmandade ajudou muito para que tanto Cuba quantos os EUA pudessem dar um passo muito importante para os dois países e também para região.”
 
Luta contra a Pobreza – Na entrevista, o subsecretário-geral também comentou sobre o tema desta 3ª Reunião de Cúpula que está sendo realizada. “Vai tratar da questão da luta contra a pobreza e do que os países podem fazer para cooperar para diminuir a pobreza e trazer mais pessoas a ter uma vida melhor. Sem dúvida o Brasil tem muito a apresentar do que nós chamamos de tecnologia social. E essa tecnologia social, o Brasil quer torná-la disponível para todos os países da Celac. Porque nós entendemos que o crescimento e o desenvolvimento na região será sempre melhor quando ele puder atingir sempre um número maior de países.”
 
Ele explicou que este tema faz parte de uma das três áreas de de atuação da Celac, a de cooperação. Nela os países trabalham para diminuir problemas como a pobreza, melhorar o rendimento da agricultura familiar, promover o desenvolvimento sustentável e criar melhores condições de vida para suas populações.
 
Há também a área de concentração política, na qual os países discutem os pontos da realidade internacional, reforçando posições comuns e debatendo ideias convergentes; e a área do relacionamento externo, que trata da relação dos países da América Latina e Caribe com os países de fora da região. “Nesta área nós tivemos em janeiro uma importante reunião do foro Celac-China, em Pequim, e vamos ter uma cúpula da Celac com a União Europeia em junho próximo”, relatou.
 
Blog do Planalto 
 

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