Um dia depois de encontrar com o embaixador brasileiro Celso Amorim e de ter enviado uma mensagem ao ex-presidente Lula, o Papa Francisco recebeu, nesta sexta-feira (3), a visita de um grupo de brasileiros, que denuncia a violação de direitos humanos no Brasil, inclusive com a prisão de Lula. As informações são da coluna de Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo.
A comitiva foi formada por Carol Proner (jurista), Paulo Sérgio Pinheiro (professor e ex-secretário de Estado de Direitos Humanos do governo FHC), Marinete da Silva (mãe da Marielle) e Cibele Kuss (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs-Conic e Fundação Luterana de Diaconia)
“O Papa está muito preocupado com a situação da América Latina e nos disse que está acompanhando tudo de perto”, afirmou Carol Proner. A jurista entregou dois livros ao pontífice: “A Resistência Internacional ao Golpe de 2016” (Canal 6 Editora, com artigos, entrevistas e documentos) e “Comentários a uma Sentença Anunciada – o Processo Lula (Projeto Editorial Práxis, com textos de inúmeros juristas).
Segundo a jurista, o Papa Francisco disse: “A mídia começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a difamação essas pessoas ficam manchadas. Depois chega a Justiça, as condena e, no final, se faz um golpe de Estado”, disse o religioso, relembrando as palavras proferidas em discurso no último mês de maio.
Marinete da Silva, mãe de Marielle Franco, entregou ao Papa uma camiseta com imagens da filha. Ele destacou que acompanha o caso de perto e se preocupa com o assassinato de lideranças comunitárias, de indígenas e de políticos que se manifestam em defesa dos direitos humanos.
Da Revista Fórum