O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2014 e alcançou em valores brutos R$ 1,2 trilhão. De janeiro a setembro, o acumulado foi de 0,2% em relação a igual período de 2013. O destaque ficou para o desempenho da agropecuária e dos serviços, ambos com expansão de 0,9%. Já o PIB acumulado nos quatro trimestres terminados no terceiro trimestre de 2014 apresentou crescimento de 0,7% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para instituições financeiras e analistas de mercado, o resultado positivo do terceiro trimestre retirou o País da condição de “recessão técnica”, muito embora o conceito seja inadequado para traduzir a situação da economia brasileira nos últimos meses. Tanto é verdade que o IBGE sequer trabalha com esse conceito, por considerá-lo, entre outros pontos, fora de qualquer padrão de normatização estatística. Para o diretor de Pesquisas do IBGE, Roberto Olinto, “o conceito de ‘recessão técnica’ é complicado e envolve muitas outras variáveis”.
Sobre o resultado, o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) avalia que os meses imediatamente anteriores ao período eleitoral acabaram influenciando negativamente a atividade econômica por causa do excesso de denúncias infundadas, sobretudo, acerca de uma suposta irresponsabilidade fiscal do governo. “Na medida em que a economia se revele sólida, do ponto de vista dos seus fundamentos, como a nossa presidenta tem dito e como a gente tem reiterado insistentemente, é natural que os investidores retomem os investimentos gradualmente e que a população também retome a atividade de consumo, de demanda, de bens e serviços”, explicou.
Bittar traçou um panorama futuro positivo da economia com a retomada dos investimentos em bens de capital, que são os equipamentos e instalações necessários à produção de outros bens e serviços – fundamentais ao desenvolvimento do País. Ele também citou como ponto favorável a estabilidade do câmbio e seu reflexo nas importações/exportações.
“Eu avalio que houve no passado mais distante, em 2011 e em 2012, uma apreciação muito grande do Real com relação ao Dólar, o que provocou um aumento das importações e uma diminuição das exportações num cenário de crise internacional. Agora, temos o câmbio entre R$ 2,50 e R$ 2,60 em relação ao Dólar, o que é mais positivo no sentido de reduzir importações desnecessárias e estimular mais as exportações”, afirmou o deputado.
Segundo Jorge Bittar, com um melhor câmbio e com a retomada do investimento, a atividade econômica se desenvolve, e a tendência é gradualmente a arrecadação do governo melhorar – o que contribui para o equilíbrio fiscal e para a geração do superávit. Tudo isso, destacou o deputado, em sintonia com a sinalização já feita pela nova equipe econômica de maior rigor fiscal sem prejuízo das políticas sociais. “O ajuste fiscal será feito em torno de despesas que não impactam diretamente a qualidade de vida da nossa população e o nível do emprego”, concluiu.
PT na Câmara com agências