O deputado Padre João (PT-MG), 1º vice- presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados (CSSF), foi um dos parlamentares responsáveis pela rejeição, na quarta-feira (13) de abril, de uma emenda que incentivava o uso de agrotóxicos nas lavouras brasileiras.
A emenda previa a redução de impostos de matéria-prima usada para a produção do Glifosato, um agrotóxico de amplo emprego na agricultura.
Em discurso enfático na tribuna da Câmara, Padre João lembrou: “a emenda poderia passar batido, uma vez que a MP trata de incentivos fiscais para a indústria automotiva”.
Os favoráveis à aprovação da emenda tentaram convencer o plenário de que a redução dos impostos do defensor agrícola seria benéfica para o Brasil. A justificativa era a de que isto seria positivo para a economia nacional, que atualmente concorre com a China na produção deste tipo de agrotóxico.
Porém, o deputado Padre João foi decisivo ao rechaçar a informação e lembrar que “a redução dos impostos jamais seria sentida verdadeiramente pelos produtores rurais. E mesmo que isso ocorresse, seria pensar apenas financeiramente, e não na saúde dos mesmos e dos consumidores”. E completou: “A aprovação desta absurda emenda significaria mais veneno na mesa dos brasileiros. Seria um posicionamento contra a vida que acabaria por onerar, muito possivelmente, o Sistema Único de Saúde”.
Padre João é autor do requerimento que aprovou a criação de uma subcomissão especial que irá tratar do uso dos agrotóxicos no Brasil. O grupo, que terá vigência inicial de 90 dias, será parte da Comissão de Seguridade Social e Família.
(AP)
