Enquanto acompanhava com ceticismo o julgamento no Supremo Tribunal Federal de três Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs), que questionam a prisão em segunda instância, Lula fazia ao lado de dois aliados políticos o que sabe melhor: pensar o Brasil. O ex-presidente recebeu as visitas dos deputados federais Alexandre Padilha (PT-SP) e Rui Falcão (PT-SP) e a ambos deu o seu prognóstico às demandas mais urgentes do Partido dos Trabalhadores no enfrentamento ao desgoverno Bolsonaro.
O primeiro ponto abordado por Lula durante o encontro foi a necessidade de colocar em prática o Plano Emergencial de Emprego e Renda – resultado de ampla pesquisa realizada pelo partido em parceria com a Fundação Perseu Abramo com uma série de medidas e propostas para tirar o País da estagnação econômica. Para isso, como o próprio ex-presidente tem insistido em mencionar, é preciso insistir na defesa incondicional da soberania nacional.
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“Lula nos pediu foco total no Programa Emergencial de Emprego e Renda porque o povo está passando por uma situação muito difícil e também falou sobre a questão da soberania nacional. Ele pede que a gente se empenhe nesta questão. Não é só o território. Não é só a Petrobras. Soberania nacional é, sobretudo, lutar pelos direitos do povo”, reitera Falcão.
A questão econômica, infelizmente, não é o único problema agravado a partir da já fracassada gestão de extrema direita que está em curso. Por sorte, ainda que do cárcere injusto, Lula segue como a voz que conclama o povo a seguir de cabeça erguida e a lutar por dias melhores.
“É muito impressionante ver a vitalidade e a energia do presidente Lula. Posso dizer que, como médico, saio daqui com a certeza de que Lula venceu a máquina de depressão e doença que tentaram montar para ele aqui em Curitiba. Venceu também todos aqueles que apostaram que iriam dobrá-lo”, revela Padilha.
O ex-ministro da Saúde, notório pela criação do programa Mais Médicos durante o governo de Dilma Rousseff, alerta para os atrasos espantosos na área em que atua. “Lula me perguntou muitos dados da proposta de Orçamento de Bolsonaro. Eu contei a ele que, no meio da crise de sarampo que atravessa o país, Bolsonaro está cortando R$ 500 milhões de reais do programa de vacinação”, ilustra.
Lula ainda fez outro pedido a Padilha: “Ele tem me cobrado se a gente está visitando as unidades de Saúde que perderam os Mais Médicos, na zona rural, nas periferias das grandes cidades, a falta de profissionais já está causando enormes problemas à população”.
Mesmo diante de tantas notícias ruins, Lula, que completará 74 anos no próximo dia 27, segue com disposição de um jovem de 30 anos – como ele mesmo costuma dizer. “Perguntei como ele está se sentindo e ele me respondeu: a minha saúde está boa, mas eu estou preocupado mesmo é com a saúde do povo brasileiro e com o que Bolsonaro está fazendo com a saúde do Brasil”.
Da Agência PT de Notícias