O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) vai enviar representação ao Ministério Público Federal e ofício ao Ministério da Saúde questionando o suposto bloqueio de acesso do servidor Luis Ricardo Miranda ao Sistema Eletrônico de Informações (SEI) do Ministério da Saúde.
Luis Ricardo é irmão do deputado Luis Miranda (DEM-DF), que afirma ter alertado Bolsonaro sobre supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin. O mandatário teria atribuído o caso ao líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), segundo o parlamentar.
As irregularidades teriam sido identificadas por Luis Ricardo. O parlamentar escreveu nas redes sociais neste domingo (27) que seu irmão foi bloqueado no SEI.
O SEI é o sistema eletrônico de processos administrativos da pasta, no qual ficam registrados os atos do Ministério da Saúde e necessita de registro do usuário responsável para ser acessado.
No caso Covaxin, por exemplo, diversos documentos mencionados por Luis Ricardo em depoimento à CPI da Covid estavam registrados no SEI.
Obstrução das investigações
Padilha afirma que a retirada do acesso ao sistema pode prejudicar o processo de importação de vacinas ao Brasil, área em que trabalha o servidor, e também pode significar uma tentativa de obstrução das investigações.
“A máquina bolsonarista age na ilegalidade para silenciar subordinados como as máfias e as milícias. Imagine o que fariam se não existisse a CPI. Eles tentam obstruir a investigação e silenciar os demais servidores do Ministério da Saúde”, afirmou Padilha ao Painel.
Coluna Painel/Folha de S. Paulo