Com um total de investimento de R$ 1,59 trilhão entre 2011 e 2014, o Programa de Aceleração do Crescimento 2, coordenado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff., se consolida como um dos mais eficazes programas em áreas de alta sensibilidade social, como moradia e saúde. Lançado nesta segunda-feira, o PAC 2 mantém os focos da primeira etapa, iniciada em 2008: logística, energia e núcleo social-urbano.
Essas três frentes foram divididas em seis grupos: Cidade Melhor, Comunidade Cidadã, “Minha Casa, Minha Vida”, Água e Luz para Todos, energia e transportes (leia mais abaixo). “O PAC é uma herança bendita que vai deixar o nosso governo”, afirmou Dilma Rousseff
Em seu discurso, ela descreveu o PAC como uma forma de garantir bem-estar para a população. “Não é uma sigla, uma cifra ou uma lista de obras. Não é um canteiro de obras. É uma realização humana. É uma parceria do Estado com a sociedade para gerar felicidade para as pessoas”, destacou. A previsão de investimento do PAC 2 é de R$ 958,9 bilhões entre 2011 e 2014, com estimativa de injetar mais R$ 631,6 bilhões em obras depois de 2014.
Segundo Dilma Roussef, o PAC 2 incorpora, complementa e faz avançar o PAC 1. “Vamos celebrar os resultados do PAC lançando o PAC 2. É a continuidade do programa que mudou a forma de governar o Brasil, colocando o investimento na ordem do dia”, disse.
Ao encerrar seu discurso e fazer críticas “aos tempos do neoliberalismo que nos antecedeu”, Dilma se emocionou. “Atravessamos o deserto da estagnação. O Brasil retomou a rota do desenvolvimento. O governo Lula não aceita outro caminho que não seja o do desenvolvimento com distribuição de renda”, afirmou.
No lançamento do PAC 2, Lula afirmou que a nova versão do programa seguirá levando em conta a responsabilidade fiscal e o combate à inflação. “Vamos fazer tudo isso sem perder noção de cuidar com carinho da responsabilidade fiscal e da inflação nesse país”,disse.
O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), destacou que o país entre na segunda fase de um programa de desenvolvimento cujas consequências sociais são visíveis. “No que se refere à rodovia e à ferrovia, multiplicou-se por seis vezes a geração de emprego que ocorria em um passado recente; na geração e distribuição de energia, três vezes mais pessoas são empregadas. Também na construção civil também se verifica expressivo aumento de crescimento da mão-de-obra, o que nos coloca numa situação extremamente importante nos últimos sete anos, pois foram gerados mais de 12 milhões de empregos formais neste País”, citou.
Segundo o líder, é também importante fazer o debate político. “A oposição dizer que o PAC é uma ficção, o que eu acho até um jogo de retórica lamentavelmente pobre. Quem não permanece em Brasília, ou fica andando de avião por aí, não observa as obras que estão sendo realizadas, como estradas e portos, nem percebe a infraestrutura que está sendo erguida e o canteiro de obras que temos hoje no Brasil, responsável pela melhoria de vida do nosso povo”, afirmou.
Para o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (SP), o PAC 2 faz parte do desenvolvimento estratégico do País. “Trata-se de ações importantíssimas, que envolvem investimentos de mais de R$ 1 trilhão para os próximos quatro anos. O próximo governo não terá a obrigação de continuá-lo, mas terá a oportunidade de não começar do zero, como ocorreu com o presidente Lula em relação a vários setores”, destacou.
As seis áreas do PAC 2
Cidade Melhor – As ações na área de saneamento, prevenção em áreas de risco, mobilidade urbana e pavimentação terão investimento de R$ 57,1 bilhões e a meta é enfrentar os principais desafios das grandes aglomerações urbanas, permitindo melhor qualidade de vida para a população.
Comunidade Cidadã -Prevê Unidades de Pronto-Atendimento (UPA), Unidades Básicas de Saúde, creches e pré-escolas, quadras esportivas nas escolas, Praças do PAC e Postos de Polícia Comunitária. Serão R$ 23 bilhões para ampliar a presença do Estado nos bairros populares, aumentando a cobertura de serviços.
Minha Casa, Minha Vida -Com verba de R$ 278,2 bilhões, o programa trabalha para a redução do déficit habitacional, dinamizando o setor de construção civil e gerando trabalho e renda.
Água e Luz para Todos – A iniciativa prevê a universalização do acesso à água e à energia elétrica para a população e dispõe de investimento de R$ 30,6 bilhões.
Transportes -A ação destina R$ 104,5 bilhões no período de 2011 a 2014 e R$ 4,5 bilhões após 2014 para rodovias, ferrovias, portos, hidrovias, aeroportos e equipamentos para estradas vicinais. A intenção é consolidar e ampliar a rede logística, garantindo qualidade e segurança.
Energia – Serão R$ 465,5 bilhões de 2011 a 2014 e R$ 627,1 bilhões após 2014, investidos na geração e transmissão de energia elétrica, petróleo e gás natural, indústria naval, combustíveis renováveis, eficiência energética e pesquisa mineral.O objetivo é dar a segurança do suprimento a partir de uma matriz energética baseada em fontes renováveis e limpas, além de desenvolver as descobertas no pré-sal, ampliando a produção.
Equipe Informes com Agências
