A deputada Benedita da Silva (PT-RJ) destacou, em plenário, a campanha do Outubro Rosa, que acontece no mundo inteiro desde 1997, cujo objetivo é alertar as mulheres e a sociedade da importância da prevenção, do diagnóstico precoce do câncer da mama. Ela alertou que, por meio dados obtidos por pesquisas realizadas, as mulheres negras morrem muito mais de câncer de mama do que as de outra etnia.
“Para além de monumentos iluminados com luz rosa, essa é uma questão muito importante: o câncer de mama é a segunda maior forma de morte da mulher brasileira. São mais 12 mil mulheres mortas por ano a cada ano, além de quase 60 mil novos casos (Dados do Instituto Brasileiro de Câncer)”, ilustrou a deputada.
Benedita da Silva lembrou que o câncer de mama afeta todas as mulheres em geral. Mas pesquisas apontam que o índice de mortalidade de mulheres negras vítimas de câncer de mama é maior, mesmo que este tipo de câncer atinja as mulheres brancas em maior número. Ou seja, mulheres negras morrem mais de câncer de mama. “A taxa de mortalidade para as mulheres negras com câncer de mama é 60% maior. São cerca de 56,8 mortes por 100 mil, enquanto entre as mulheres brancas é de 35,6 mortes”, informou.
Ela explicou que, além das dificuldades de acesso que as mulheres negras têm aos serviços de saúde, devido às condições socioeconômicas a que são submetidas (salários menores, maior carga horária de trabalho, índice de escolaridade menor), existem outros fatores que contribuem para que seja maior o índice de mortalidade de mulheres negras vítimas de câncer de mama.
Uma delas, explicou, é que os seios das mulheres negras são mais densos e a detecção do câncer na mamografia é mais difícil. Os seios mais densos também aumentam o risco de desenvolvimento de câncer.
Outro fator, explicou a deputada, é que um tipo de câncer chamado triplo negativo é 2 vezes mais comum em mulheres negras. Este tipo específico de câncer cresce e se espalha rapidamente e não é tratável por hormônios como o estrogênio, progesterona. A questão é que estes são os hormônios geralmente utilizados na terapia hormonal para tratar o câncer de mama.
E, ainda, as mulheres negras têm câncer de mama em idades mais precoces. As mulheres negras podem apresentar diagnóstico de câncer antes dos 30 anos. Porém, no Brasil, país em que a maioria das mulheres são negras, as diretrizes de prevenção e detecção precoce recomendam que a mamografia de rotina seja realizada por mulheres entre 50 e 69 anos a cada dois anos. Além do que, não há um recorte racial nas ações educacionais e preventivas.
“Portanto, as mulheres negras precisam ser orientadas sobre os perigos do câncer de mama de forma diferente que as mulheres brancas e é necessário tratamento especial para a população negra no sistema de saúde.
É fundamental que o SUS adote uma ação preventiva com recorte racial e as mulheres negras possam ter exames adequados ainda mais cedo. Quanto antes câncer de mama for detectado mais eficazes são as opções de tratamento”, recomendou Benedita .
PT na Câmara
Foto: Antônio Augusto/Agência Câmara
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