Orlando Silva rechaça denúncias e desqualifica acusador

orlando silva_D2Durante audiência pública na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (18), o ministro dos Esportes, Orlando Silva, rechaçou com veemência as denúncias de corrupção envolvendo o órgão , divulgadas em reportagem da revista Veja desta semana.

Na audiência, promovida pelas comissões de Turismo e Desporto e de Fiscalização e Controle, Orlando Silva recebeu o apoio de dezenas de parlamentares e foi elogiado até mesmo por deputados da oposição.

O ministro lembrou que o acusador que serviu de fonte para a revista, o policial militar João Dias, responde a processos judiciais e é cobrado para devolver mais de R$ 2 milhões aos cofres públicos, por mal uso de recursos do próprio Ministério dos Esportes que seriam destinados a ações patrocinadas pelo órgão.

“Trata-se de um desqualificado, um criminoso, uma pessoa que foi presa, uma fonte bandida. A partir de 2007, começamos a fiscalização que apontou o não cumprimento do objetivo do convênio [da entidade representada por João Dias]. Foi aberto o devido processo administrativo e ocorreram sucessivos pedidos protelatórios da prestação de contas. Não nos restou alternativa que não fosse executar o convênio e, desde 2008, o ministério atua para receber os recursos repassados para aquelas entidades”, afirmou Orlando Silva.

“Diferentemente do que se publica, a atitude que temos, desde 2008, quando exigimos a devolução do dinheiro público, é de combater o malfeito. Até aqui, esse desqualificado falou e não provou nada, porque não tem provas. Quem tem provas do malfeito por ele sou eu e estão aqui”, disse o ministro, enquanto exibia os ofícios relacionados às irregularidades cometidas pelo seu acusador.

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), elogiou a postura do ministro, que se dispôs a ser ouvido pelas comissões do Congresso Nacional, antes mesmo de ser convidado, e garantiu a abertura dos seus sigilos fiscal, bancário e telefônico.

O líder também lembrou que as contradições das denúncias contra o ministro já começaram a aparecer na imprensa. “Essa matéria que saiu na revista Veja confronta a Constituição, quando ela diz que um dos seus valores é a presunção da inocência. Todo cidadão é inocente, até que se prove o contrário. Essa reportagem condenou o ministro, mas a verdade veio a cavalo. Uma reportagem da Folha de São Paulo [desta terça] atribui ao próprio acusador a seguinte frase: ‘Em nenhum momento eu falei que vi o ministro receber propina’. Portanto, a tentativa de manchar a sua imagem não foi bem sucedida”, afirmou Teixeira, dirigindo-se ao ministro, durante a audiência.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), avaliou positivamente a audiência. “O ministro foi bem, se mostrou tranquilo e seguro e negou todas as acusações. E o acusador já caiu em contradição pela imprensa, negando o que havia dito à revista Veja. Se ele está dizendo que tem provas, então que ele apresente essas provas à Polícia Federal”, disse Vaccarezza.

Rogério Tomaz Jr.

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