O líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), criticou hoje (6) duramente a oposição pelo comportamento em plenário provocado pela demissão do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento. Ele disse que a oposição “não tem moral” para criticar o governo Dilma e citou vários exemplos de denúncias envolvendo governos do PSDB e DEM (ex-PFL). “Qualquer governo está sujeito a problemas”, comentou.
Paulo Teixeira observou que o tucano José Serra, por exemplo, quando governador de São Paulo, foi denunciado por várias irregularidades, como o superfaturamento das obras do Rodoanel. O mesmo acontece com o senador tucano e ex-governador de Minas, Aécio Neves (MG), alvo de várias denúncias, como o superfaturamento nas obras de reforma do estádio Mineirão. Aécio também nomeou um desembargador para o Tribunal de Justiça/ MG que é acusado de participar de um esquema de venda de sentenças.
“Quando nós olhamos um governo, nunca podemos dizer que não terá problemas”, assinalou o líder. “Os problemas existem porque os governos são compostos de seres humanos, homens e mulheres que acertam e erram”. O importante, disse, é que as providências para apurar ou conter irregularidades devem ser tomadas rapidamente, como fez a presidenta Dilma que optou pela mudança no comando do Ministério dos Transportes e no Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT).
Paulo Teixeira rebateu a tentativa do PSDB e DEM de tentar “jogar lama nos outros sem provas” e reafirmou que o governo do PT e aliados vão continuar na implementação do projeto que visa a construir um país soberano, independente, com crescimento econômico e distribuição de renda e combate à miséria, como ocorre desde 2003. “Temos compromisso com a honestidade, com a seriedade, com o controle dos gastos públicos. E nesse episódio (do Ministério dos Transportes), exemplarmente, estamos demonstrando a todo o País esse compromisso”.
O líder destacou a iniciativa do ex-ministro Alfredo Nascimento (PR) de prestar esclarecimentos ao Congresso e pedir à Controladoria Geral da União para fazer auditorias nos contratos das obras tocadas pelo seu ministério. Para Paulo Teixeira, a oposição erra quando chama o episódio de corrupção. ” Não vamos nos precipitar no julgamento de quaisquer pessoas antes que alguma apuração seja feita, a acusação seja processada e que provam venham à tona, com a identificação da responsabilidade de cada um”.
Equipe Informes
